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Ministérios da Educação e da Justiça estimulam pesquisas científicas para enfrentamento de crimes

Os investimentos serão de R$ 10,1 milhões para estudos de mestrado, doutorado e pós-doutorado.

Fonte: Gil Maranhão/Assessoria MEC

Os ministérios da Educação e da Justiça e Segurança Pública lançaram nessa quarta-feira (8), o novo Procad – Programa Nacional de Cooperação Acadêmica, agora na área da Segurança Pública e Ciências Forenses, com investimentos de R$ 10,1 milhões para estudos de mestrado, doutorado e pós-doutorado. O foco é o enfrentamento do crime no País, ou seja, investir em pesquisas científicas e encontrar soluções tecnológicas para melhorar a segurança pública no Brasil.

Do total do orçamento previsto, R$ 6 milhões serão financiados pela Senasp ao longo de quatro anos (R$1,5 milhão/ano), R$ 2,1 milhões pela Polícia Federal e outros R$ 2 milhões pela Capes. Além dos dois ministérios, o trabalho vai envolver a Polícia Federal, as secretarias Nacionais de Segurança Pública (Senasp) e de Políticas sobre Drogas (Senad) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

De acordo com o MEC, as pesquisas científicas irão auxiliar as forças de segurança, principalmente no enfrentamento ao crime no país. Os estudos poderão traçar a origem de drogas e mapear redes de tráfico, identificar com precisão a autoria de crimes, por meio de exames de DNA em objetos, pessoas, corpos carbonizados e vítimas de violência sexual, além de ajudar no mapeamento de lavagem de dinheiro por meio de inteligência artificial e combater crimes de corrupção, pedofilia e invasão de privacidade com o uso do rastreamento.

BLITZ DE TRÂNSITO

Um dos projetos, por exemplo, pretende desenvolver tecnologias para serem usadas em blitz de trânsito, identificando se o motorista está sob efeito de drogas ilícitas. Também haverá estudos focados em crimes ambientais, em medicina legal e respostas a desastres.

Segundo o MEC, o programa funcionará da seguinte forma: a partir da publicação de edital, que sairá nas próximas semanas, coordenadores de cursos de mestrado, doutorado e pós-doutorado de programas já existentes na Capes poderão inscrever projetos para defesa de teses científicas. A seleção do tipo de conhecimento a ser estudado e do pesquisador será feita por consultores da Capes. A autarquia fará também, em conjunto com a Polícia Federal, a avaliação dos resultados dos estudos. Cada projeto poderá permanecer em pesquisa por até cinco anos. A iniciativa é voltada para universidades públicas, federais e estaduais, e instituições privadas.

PRODUÇÃO DE TESES

Para a produção das teses, a Capes disponibilizará uma plataforma pela internet, chamada Portal de Periódicos, uma espécie de biblioteca virtual. O ambiente conta com o melhor da produção científica internacional. Atualmente, o acervo possui mais de 45 mil materiais. A Polícia Federal, por sua vez, permitirá que os pesquisadores tenham acesso, por exemplo, a dados estatísticos do órgão e a laboratórios físicos já utilizados durante as atividades policiais.

O PROCAD A Capes já executa outros dois programas de cooperação acadêmica: Amazônia Legal e Defesa. No primeiro, estão sendo investidos R$ 7 milhões em bolsas e custeio para cerca de 80 projetos que têm como foco a ampliação e consolidação das redes de pesquisa na Amazônia Legal, região que abrange 59% do território brasileiro e onde está uma das maiores biodiversidades do mundo. O outro programa tem um investimento previsto para este ano de R$ 13,5 milhões. Ele financia a cooperação entre instituições civis e militares para implementação de projetos voltados à formação de recursos humanos e à produção de pesquisas científicas e tecnológicas qualificados na área da Defesa.

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