A diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) discutirá nesta terça-feira (28), em reunião ordinária pública, a possibilidade da realização de testes rápidos para Covid-19 em farmácias e drogarias.
Esta autorização seria em caráter temporário e excepcional devido à pandemia do novo coronavírus. O kit vendido nos estabelecimentos será do método imunocromatográfico, mais indicado para exames a partir do sétimo dia do início dos sintomas.
O exame é feito com amostras de sangue, soro ou plasma. Neste caso, ocorre uma geração de cor a partir de uma reação química entre antígeno (substância estranha ao organismo) e anticorpo (elemento de defesa do organismo).
Para a medida, a autarquia suspenderia a resolução de diretoria colegiada (RDC) 44, de 17 de agosto de 2009, liberando outros exames clínicos. Atualmente, as farmácias e drogarias só têm autorização para fazer os testes de ponta de dedo para medir a glicose no sangue.
Segundo a pauta da reunião do colegiado que começará às 9h em Brasília, esta medida dispensa a análise de impacto regulatório e de concorrência pública devido ao alto grau de urgência.
Diante deste cenário, a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) enviou na última sexta-feira ofícios à Anvisa e ao Ministério da Saúde demonstrando preocupação com a realização dos testes rápidos pelos estabelecimentos comerciais.
Em nota, a Abramed disse que “para evitar resultados errados, com possíveis ameaças à saúde dos pacientes […] é imprescindível assegurar a realização de exames com qualidade e segurança”.