O último estado a aderir à Independência do Brasil, o Maranhão só reconheceu a emancipação quase um ano depois, em 28 de julho de 1823. Com documentos que registram esse momento histórico, o Arquivo Público do Maranhão (APEM) abre nesta segunda-feira (27), a exposição virtual “197 anos da Adesão do Maranhão à Independência”.
O Arquivo disponibilizará acesso aos documentos originais, fontes primárias com registros importantes do processo de adesão do Maranhão à independência do país.
“Pelos documentos e relatos, sabe-se que o governador do então Estado Colonial português, juntamente com grande número de portugueses que aqui viviam, iniciaram intensa repressão aos que propagavam a favor da Adesão do Maranhão à Independência, sobretudo no interior do Estado”, informa a diretora do APEM, Fabíola Tavares.
A partir desse acontecimento, o Maranhão deixa de ser Estado Colonial de Portugal para se constituir em Província do Império do Brasil. Os governantes passam a ser escolhidos pelo imperador do Brasil com o título de Presidente da Província do Maranhão.
Além da exposição, duas palestras serão disponibilizadas pelo Instagram do APEM @arquivopublicoma com a participação do Prof. Dr. Marcelo Cheche Galves, na segunda-feira (27), com o tema “A incorporação do Maranhão ao Império do Brasil”, e live na terça-feira (28), às 15h, do Prof. historiador Euges Silva de Lima, e o historiador Rogério Teixeira Rodrigues, sobre “O 28 de julho e a Independência do Maranhão”.
O Arquivo Público do Maranhão é vinculado à Secretaria de Estado da Cultura (Secma) e tem a função de formular a política estadual de arquivos. Tem sob a sua guarda o maior acervo documental do estado, oriundo do arquivo da Secretaria do Governo (1728-1914) e suas sucessoras (1914-1991) e dos Arquivos da Policia Militar e Civil (1828-1976), além de acervos privados de interesse público e social. Está constituído por aproximadamente 2 km de documentos textuais dos períodos Colonial, Imperial e Republicano, além de mapas, plantas, discos e microfilmes.