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Mesmo baleado, motorista ainda conseguiu encostar o ônibus em segurança

Imagens da câmera do coletivo mostram dinâmica do crime que resultou no assassinato do condutor

Fonte: Aidê Rocha

Nessa segunda-feira (21), a Polícia Civil teve acesso às imagens da câmera do ônibus da linha Bequimão/Ipase, no qual ocorreu o latrocínio do motorista Francisco Carlos da Silva Teixeira, na noite do último sábado (19). A vítima foi atingida a tiros na Avenida Jerônimo de Albuquerque, próximo ao elevado da Cohama, em São Luís.

Os dois autores do crime foram presos, na mesma noite. De acordo com o delegado Felipe César, da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), que preside o inquérito sobre o caso, as imagens esclareceram toda a dinâmica do latrocínio; e, também, confirmaram a identificação dos autores.

“Podemos perceber a dinâmica do crime com relação a quem atirou, como foi, se houve reação do motorista e quantas pessoas estavam dentro do coletivo. Também podemos confirmar que as pessoas que foram presas eram realmente as que efetivaram o crime, apesar de elas já terem confessado, agora não restam dúvidas”, explicou o delegado.

Os acusados, identificados como Anderson Silva Rodrigues e Felipe Gabriel de Oliveira Lisboa, de 26 e 20 anos, respectivamente, foram presos pela Polícia Militar horas depois. Ambos confessaram o crime. Eles são moradores do Residencial João do Vale, no bairro da Aurora, e já possuem passagens por furto e roubo.

Em depoimento, os dois disseram que atiraram no condutor porque ele não teria aberto a porta do coletivo para que saíssem, logo após o assalto. Conforme o delegado Felipe César, o motorista não reage e mesmo alvejado ainda consegue encostar, garantindo a segurança dos passageiros.

“Ficou claro, através das imagens, que em momento nenhum ele demonstra reação. Ele tenta acalmar as pessoas que estão cometendo o crime, gesticula com a mão e dá um sinal no sentido de acalmar. O autor está bastante nervoso e fica o tempo todo querendo colocar a arma na direção do motorista, que tenta afastá-la. Ele não chega a se levantar, fica no mesmo local”, pontuou.

Os dois suspeitos seguem presos, preventivamente, no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. A arma do crime, segundo eles, teria sido tomada por um membro de uma facção criminosa da região na qual eles residem.

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