A pandemia de Covid-19 mexeu muito com o mercado de trabalho. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no segundo semestre deste ano é de 11,8%. Muito dessa alta taxa pode ser explicado por profissões que sofreram com o isolamento social, principalmente no comércio. Entretanto, outras profissões tiveram grande crescimento de vagas devido às mudanças no comportamento de empreendedores e consumidores. Foi o caso do setor de TI.
Entre janeiro e setembro do ano passado, foram abertas 8.049 vagas de TI no Brasil, enquanto no mesmo período deste ano o total de vagas disponíveis saltou para 12.682, um aumento de 63%, de acordo com levantamento do Banco Nacional de Empregos (BNE).
Segundo Marcelo de Abreu, presidente do BNE, a pandemia de coronavírus fez grandes alterações no mercado de trabalho. “Além do aumento de vagas no setor da saúde, como enfermagem e farmacêutica, durante a pandemia muitos consumidores optaram por serviços delivery, internet e e-commerce, ou seja, são áreas diretamente ligadas à tecnologia que tornou-se necessária dentro das empresas para que o atendimento continuasse acontecendo, o que consequentemente responde esse aumento de vagas na área de tecnologia”, explicou Abreu.
Ainda segundo o levantamento, a maior quantidade de vagas está nas regiões Sul e Sudeste do país: São Paulo (5.793), Santa Catarina (1.378), Paraná (1.105), Rio Grande do Sul (1.020) e Rio de Janeiro (858) são os estados com mais vagas para o setor de tecnologia da informação. Em comparação com o mesmo período de 2019, o maior crescimento (138%) foi registrado em São Paulo.
O presidente do BNE acredita que a tecnologia deixou de ser um diferencial e tornou-se essencial para as empresas. “O uso da tecnologia virou parte do negócio, por isso as empresas estão buscando essa migração para os meios digitais”, afirmou. Esse é o principal motivo para que desenvolvedores e profissionais de TI possuam amplas oportunidades de mercado atualmente.