A energia é um dos itens fundamentais para o funcionamento de empresas e indústrias em qualquer lugar do mundo. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a matriz elétrica brasileira em setembro de 2020 contabilizava 9.984 empreendimentos de geração por fontes de combustíveis fósseis ou renováveis. A maioria (9.004), já está em funcionamento. Outros 243 estão em construção e as obras de 647 ainda não foram iniciadas.
Para empresas, indústrias e comércio, a instabilidade ou a interrupção no fornecimento de energia, por qualquer razão, podem comprometer os prazos, interferir na qualidade de produtos e causar transtornos na relação com os clientes.
Há ainda casos nos quais a energia é necessária, mas, por razões de logística, não há disponibilidade de concessionária na região. Portanto, a demanda leva os empreendedores a buscarem a contratação de um serviço de energia temporária.
O que é energia temporária
A energia temporária é aquela produzida por meio de geradores. Ela se tornou mais comum no Brasil na década de 1970, por causa dos investimentos em obras de infraestrutura. Atualmente, possui diversas possibilidades de aplicações, seja para substituir ou complementar a energia elétrica vinda de uma concessionária.
Este mercado ganhou relevância ao se qualificar e buscar formas mais modernas de oferecer segurança e estabilidade energética, como uma forma de proteção contra falhas ou a capacidade insuficiente – ou inexistente – de abastecimento.
Conforme a necessidade de produção e a disponibilidade orçamentária, as indústrias ou empresas podem optar entre o aluguel de geradores de energia ou a contratação de um serviço completo de energia temporária (Energy as a Service – EaaS).
Na locação simples, os clientes pagam mensalmente para ter acesso ao maquinário. Quem escolhe a EaaS também paga um aluguel à fornecedora que fica responsável pela geração de energia, incluindo o projeto, logística, instalação, operação assistida ou remota, manutenções preventivas/corretivas, seguro e substituição por aparelhos mais modernos.
A importância da energia temporária para o cenário energético
Conforme os dados da Aneel, a energia elétrica no Brasil tem as seguintes fontes: hídrica (62,31%), fóssil (16,75%), eólica (9,29%), biomassa (8,79%) e solar, nuclear e undi-elétrica (2,86% – somadas).
A dependência da energia hidrelétrica torna o país vulnerável às interferências climáticas. A falta de chuvas e a redução no nível dos reservatórios aumentam o risco de apagões, por exemplo. Para suprir, são acionadas as usinas térmicas. Isso leva ao aumento das tarifas. E toda a cadeia produtiva é afetada.
Este contexto reforça a relevância da energia temporária, por oferecer confiabilidade ao sistema quando for demandado e a capacidade de atender diferentes setores.
As finalidades da energia temporária
O suporte da energia temporária ajuda a manter a estrutura da empresa ou do comércio em funcionamento no caso de algum imprevisto ou de uma parada programada para manutenção da concessionária responsável pelo fornecimento.
No caso de indústrias de setores que trabalham em áreas remotas ou isoladas, como, por exemplo, mineradoras e segmento de óleo e gás, são os geradores de energia que sustentam o funcionamento de maquinário, sistemas de ventilação e luzes de emergência.
No início da obra, a energia costuma ser instável ou inviável em canteiros. Portanto, o aluguel de geradores ou bancos de carga já estão no orçamento das empresas de construção civil. E também são utilizados nas usinas de energia renovável nas etapas de obras e de comissionamento.
Outro objetivo do uso é a redução de gastos no horário de pico de consumo, entre 17h e 22h. Clientes dentro do perfil de grande demanda podem acionar os equipamentos como fonte alternativa de energia neste período e, depois, restabelecer o abastecimento convencional.
Também é uma estratégia de segurança energética para o abastecimento de locais que recebem grandes eventos, sejam shows, bienais ou competições esportivas.