No dia 6 de outubro de 2019, uma carreta de grãos quebrou uma parte do guarda-corpo da Ponte Marcelino Machado, e até hoje a estrutura não foi consertada. O trecho quebrado está sem proteção provisória, e os veículos passam velozmente rente a ele. O piso está com vários fragmentos soltos.
A situação foi noticiada pelo Jornal Pequeno no dia 21 de novembro do mesmo ano, mas passados 15 meses do acidente, ainda não foi feito o reparo, permanecendo as mesmas fitas de sinalização e a borracha preta colocadas pelo Corpo de Bombeiros.
Recentemente, outro acidente na mesma ponte: uma carreta derrapou sobre a via fazendo um L e colidindo com a defensa da estrutura. Outra parte do guarda-corpo foi quebrada, mas já houve conserto, possivelmente provisório.
Neste acidente mais recente, ocorrido no dia 4 deste mês, no km 24 da BR-135, na entrada de São Luís, ocorreu uma interdição total da ponte – o local ficou interditado por cerca de cinco horas. A carreta foi retirada e a Marcelino Machado liberada no início da madrugada do dia 5. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), ninguém se feriu no acidente.
No acidente em 2019, era madrugada quando a carreta carregada de grãos tombou. De acordo com a PRF, o veículo subiu a Ponte Marcelino Machado e, quando estava descendo, quebrou o guardacorpo e caiu entre as duas pontes do Estreito dos Mosquitos. O motorista foi socorrido e levado para o hospital.
A PRF informou que o condutor dormiu ao volante, e que não foram encontradas marcas de frenagem na ponte.
Em novembro de 2019, o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit), por meio de nota enviada ao JP, garantiu que técnicos do órgão avaliaram o local e verificaram a necessidade de realizar a contratação de uma empresa especializada em recuperação da estrutura, de forma a recompor o trecho do guarda corpo que foi danificado.
“Face ao exposto acima, esclarecemos que o Dnit já está providenciando a realização de processo licitatório para a contratação da empresa que vai fazer os reparos necessários”, disse trecho da nota do Dnit.
De acordo com o inspetor da PRF Antônio Noberto, o reparo feito na parte do guarda-corpo afetada no acidente da semana passada é um “remendo”.
“Lá tem um remendo, não é algo profissional. Aproveito para dizer que em Campo de Peris era para ter uma estrutura metálica nas extremidades das pistas, para evitar que carros caiam para um lado ou para o outro. Faltam defensas tanto na via quanto na ponte. De metal na via, e de concreto na Marcelino Machado”, citou Noberto.
Sobre os dois acidentes ocorridos e citados nesta matéria, o inspetor informou que eles ocorreram quando os motoristas entravam em São Luís. Noberto disse também que existem rondas da PRF, que seguem um cronograma da instituição, nos lugares com maiores números de acidentes na capital maranhense, e que a área onde está a Ponte Marcelino Machado é um desses pontos catalogados pela PRF.
OUTRO LADO
Em relação ao acidente ocorrido no dia 4 de janeiro, por meio de nota, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou que não houve comprometimento estrutural da ponte, e inclusive enfatizou que “o guarda-corpo atuou como salva guarda, evitando maiores danos aos envolvidos no acidente”.
No mais, o Dnit comunicou que o órgão está “promovendo a contratação dos serviços de reparação necessários, para a reestruturação da Ponte Marcelino Machado”.