Internada desde o dia 18 de fevereiro após comer um peixe da espécie arabaiana, a médica veterinária Pryscila Andrade teve sua morte confirmada pela família. A mulher de 31 anos estava no Real Hospital Português, em Recife, onde deu entrada com sua irmã que teve o mesmo diagnóstico de Síndrome de Haff. Flávia Andrade, de 36 anos, porém, recebeu alta após apresentar melhora.
“O céu hoje estará te recebendo com muita luz, na casa do pai, e aqui jamais esqueceremos da sua humildade, caráter, da sua eficiência como profissional, meiga, linda, alegre, sorridente e cheia de luz. Seu sorriso vai ficar na minha memória eternamente. Te amamos, seus pais, irmãos, sobrinhos, Matheus, parentes e amigos”, escreveu Betânia Andrade, mãe de Pryscila, no Instagram.
Relembre o caso
A empresária Flávia Andrade, de 36 anos, e a irmã dela, a médica veterinária Pryscila Andrade, de 31 anos, chegaram ao Hospital Português, no bairro do Paissandu, na área central da capital pernambucana, no dia 18 de fevereiro.
A internação ocorreu horas após almoço, que tinha no cardápio o peixe arabaiana, também conhecido como “olho de boi“. O alimento foi comprado no bairro do Pina, na Zona Sul da capital.
Priscila havia comido o peixe junto com outras pessoas, mas somente ela e a irmã foram internadas quatro horas depois. A médica veterinária seguiu na UTI porque seu fígado foi comprometido, os rins ficaram paralisados e os médicos identificaram água em seu pulmão.
As causas da doença de Haff ainda são pouco conhecidas. Ela é uma síndrome de rabdomiólise (ruptura de células musculares) sem explicação e se caracteriza por ocorrência súbita de extrema dor e rigidez muscular.
Entre seus sintomas, apresenta o escurecimento da urina, que chega a ficar da cor de café. Ela está associada à ingestão de crustáceos e pescados.
Além da urina preta, outros sintomas também podem aparecer, como dor e rigidez muscular, dormência, perda de força e falta de ar.