Grupos de defensores de direitos humanos e entidades LGBTQIA+ reagiram à declaração do pastor José Olímpio, da Assembleia de Deus de Alagoas, que disse orar pela morte do ator Paulo Gustavo, internado há um mês, em estado grave com covid-19. Segundo as entidades, o Ministério Público será acionado para acompanhar o caso.
“Esse é o ator Paulo Gustavo que alguns estão pedindo oração e reza. E você vai orar ou rezar? Eu oro para que o dono dele o leve para junto de si”, publicou o pastor em suas redes sociais nesta semana. Após a repercussão negativa do comentário, José Olímpio apagou a publicação.
Em repúdio a postagem do pastor, o Grupo Gay de Alagoas (GGAL), emitiu uma nota falando sobre o caso. De acordo com o texto, as entidades LGBTQIA+ irão registrar um boletim de ocorrência na próxima terça-feira (20) contra o líder religioso.
O Ministério Público também foi acionado para mover uma ação civil pública em desfavor do pastor.
Confira a nota na íntegra:
Em virtude dos comentários discriminatórios proferidos pelo pastor José Olímpio, as instituições LGBTQIA + e defensoras dos direitos humanos de Alagoas, farão um B.O na próxima terça-feira (20). Esse será o primeiro passo para uma série de atitudes tomadas contra o pastor José Olímpio – líder da Assembleia de Deus em Alagoas.
Em seguida, as instituições estarão acionando o Ministério Público e a Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL) , que serão acionados para moverem uma ação civil pública contra o líder religioso.
Suas falas levaram Alagoas a ser destaque em todo o Brasil. As declarações feitas por este líder da Assembleia de Deus em Alagoas, alegando estar orando para que Paulo Gustavo morresse, fato que indignou milhares de pessoas e revoltou as lideranças LGBTQIA + alagoanas e de todo o país.
A declaração foi feita em seu perfil pessoal no Instagram, onde o pastor postou a foto do artista com o seguinte texto na legenda: “Esse é o ator Paulo Gustavo que alguns estão pedindo oração e reza. E você vai orar ou rezar? Eu oro para que o dono dele o leve para junto de si”, escreveu.
Suas falas repercutiram rapidamente nas redes sociais, e logo foram pauta em vários jornais.
Estes são tempos sombrios! O Grupo Gay de Alagoas (GGAL) repudia a postura adotada pelo pastor José Olímpio e pedem um posicionamento das instituições religiosas envolvidas no caso.