Um grupo de 84 trabalhadores rurais, entre eles alguns maranhenses, foi resgatado em condições análogas à escravidão em uma lavoura de milho no município de Paracatu-MG. O trabalho de fiscalização foi realizado desde o dia 8 de junho e divulgado nessa quinta-feira (16) pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). O empregador é reincidentenesse tipo de crime.
A Auditoria Fiscal do Trabalho e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) também participaram da ação. Além do resgate, houve a quitação de acertos rescisórios, pagamento de dano moral e a interdição de alojamento e cantina, na fazenda onde as irregularidades foram flagradas.
De acordo com os auditores fiscais do MPT, parte dos trabalhadores foi aliciado em Porteirinha, no Norte de Minas Gerais, e outros no Maranhão. O crime também foi classificado como tráfico de pessoas, junto ao de “exploração de trabalho análogo ao de escravo”, por conta das condições e moradia.
Conforme os auditores, os trabalhadores estavam abrigados em alojamentos improvisados, sem nenhuma condição sanitária e muitos infectados com a Covid-19. Já enquanto trabalhavam, eles não tinham acesso a um local de refeições e nem banheiro.
Reincidência
Segundo o órgão, não é a primeira vez que o empregador pratica esse crime, sendo que ele está em uma chamada “Lista Suja do Trabalho Escravo”.