Vulcão que pode gerar tsunami e atingir São Luís entra em alerta amarelo

Segundo análise feita em estudo produzido pela Universidade Federal do Paraná, o vulcão está a 4.462 km de São Luís

Fonte: Com informações do MetSul e UOL

SÃO LUÍS – Um vulcão, localizado na ilha La Palma, na costa do continente africano, entrou em alerta amarelo para risco de erupção. De acordo com pesquisadores, uma erupção do vulcão Cumbre Vieja poderia provocar um tsunami que atingiria todas as Américas, com maior impacto sobre os litorais das regiões Norte e Nordeste do Brasil.

Segundo análise feita em estudo produzido no Departamento de Geologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), a Ilha de La Palma fica a 4.462 km de São Luís.

O alerta foi emitido após o Cumbre Vieja ter a maior sequência de terremotos em décadas. O nível amarelo é o segundo dos quatro existentes e quando acionado a população é orientada para que fique atenta a uma mudança na situação, além de se intensificar a vigilância e monitoramento da atividade vulcânica e sísmica.

No nível laranja, no terceiro nível, é decretado o alerta máximo para fenômenos que precedem uma erupção iminente para, no vermelho, notificar-se uma emergência de que há uma erupção em andamento.

“Ele não estava dando sinais de erupção, mas agora ele chegou a um segundo nível. São quatro níveis de alerta. Ele pode vir a ter uma erupção, mas não significa que essa erupção vai gerar um tsunami, mas é uma possibilidade, mesmo que mínima”, explicou o pesquisador do Instituto de Ciências do Mar da UFC (Universidade Federal do Ceará), Carlos Teixeira.

“Estima-se que a próxima erupção poderá desestabilizar a encosta da ilha devido a fatores como declividade do vulcão, volume de material mobilizado, fatores climáticos e principalmente, a uma zona de fraqueza existente que facilitará a ocorrência do movimento de massa”, afirmou pesquisa feita na UFPR do geólogo Mauro Gustavo Resse Filho, que pesquisou o tema e publicou TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) em 2017.

O movimento pode ser capaz de gerar um tsunami que deve percorrer distâncias transatlânticas. Neste sentido, todos os países banhados pelo oceano Atlântico seriam atingidos e, diante disto, modelagens apontam que o evento pode atingir toda a costa brasileira.

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