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Greve completa oito dias e São Luís segue sem transporte público em circulação

Alternativos transportam vendedores ambulantes e funcionários de lojas da Rua Grande.

Fonte: Luciene Vieira

Com a greve dos rodoviários, iniciada na última quinta-feira (21), em São Luís, os vendedores ambulantes e funcionários de lojas tiveram que recorrer a transportes alternativos para chegarem ao seu principal destino, a Rua Grande, maior centro comercial da cidade.

A vendedora ambulante Ana Cláudia Dourado disse que mora no Parque Amazonas, e desde o início da greve do transporte público tem ido à via comercial por meio de vans.

Ana Cláudia vende lanches, e sua maior clientela são os funcionários de lojas. “Devido à greve, minhas vendas caíram 50%. Há quem mora em bairros onde não existem transportes alternativos, então não vem trabalhar. A rua está até mais vazia, quando chega as 13h, não há mais nenhum vendedor ambulante, a gente recolhe tudo e vamos embora, pois neste horário o movimento é muito baixo”, declarou.

A vendedora ambulante contou ainda que até terça-feira (26), a passagem da van estava R$ 4,50, e que a partir de ontem o preço subiu para R$ 5.

“Os donos de vans estão se aproveitando da situação”, concluiu Cláudia.

Domingas Ferreira é promotora de vendas em uma loja de peças íntimas do vestuário feminino. Ela disse ao Jornal Pequeno que mora no Centro, vai a pé para o trabalho, não precisando de transporte público ou alternativo. Porém, Domingas relatou que há outros funcionários da empresa que não estão indo para o serviço desde que a greve começou.

“Eu sou uma privilegiada por não depender de transporte público ou alternativo. Há colegas de outras lojas vindo de mototáxi. E tem alguns funcionários desta loja que trabalho que não estão vindo, pois não têm outra opção além do ônibus”, disse Domingas.

A GREVE

Os rodoviários iniciaram a greve na última quinta-feira, com 100% da frota de ônibus sem circular na região metropolitana de São Luís. Eles reivindicam um reajuste salarial de 13%, uma jornada de trabalho de seis horas, tíquete de alimentação no valor de R$ 800, manutenção do plano de saúde e a inclusão de um dependente e a concessão do auxílio-creche, para trabalhadores com filhos pequenos.

Na segunda-feira (25), uma reunião para tentar se chegar a um acordo ocorreu na sede da Prefeitura de São Luís, onde se reuniram o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Maranhão (Sttrema), o Sindicato das Empresas de Transporte (SET) e o prefeito de São Luís, Eduardo Braide. Foi oferecido à classe dos trabalhadores do transporte público um reajuste de 2% nos salários. A categoria rejeitou, no entanto.

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