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Mãe descobre troca de bebês em hospital, após 7 anos

Exame confirmou que filha de Geruza Ferreira, de 38 anos, foi trocada com criança que nasceu cinco minutos depois.

Fonte: Redação / Afonso Ferreira

Uma dona de casa de 38 anos descobriu, após sete anos, que teve a filha trocada no Hospital Regional de Planaltina, no Distrito Federal. Geruza Ferreira descreveu os sentimentos diante da revelação impactante.

“Eu fiquei feliz porque ela [filha biológica] está bem. A mãe dela é muito cuidadosa, está cuidando dela. Mas por outro lado, estou arrasada, né?”, conta.

O resultado do exame de DNA foi divulgado nesta quarta (27).

A filha biológica de Geruza foi trocada pela bebê que nasceu cinco minutos depois. O caso veio à tona depois que a TV Globo noticiou que a dona de casa descobriu, no ano passado, não ser a mãe biológica da menina que cria há sete anos.

Após a repercussão, a outra família procurou a polícia para também fazer o teste. Para chegar ao resultado, a corporação comparou o material genético das duas mães e das duas filhas.

Ambas as famílias estavam presentes em uma reunião com o delegado responsável pelo caso e o diretor do Instituto de Pesquisa DNA Forense da Polícia Civil, quando foram informadas do laudo do exame. Segundo Geruza, as duas mães se abraçaram e demonstraram gratidão.

“Eu só agradeci, por ela ter cuidado da minha filha. Ela me agradeceu, por ter cuidado da dela. E a gente vai marcar de se encontrar, isso ficou por parte dos advogados.”

Gerusa confessou que ainda não sabe como a situação vai ser daqui para frente. “Estamos tentando respirar, para saber o que vamos fazer”.

Investigação

O governo do DF já foi condenado, em primeira instância, a pagar indenização de R$ 300 mil a Geruza. Segundo o delegado-chefe da 16ª Delegacia de Polícia, Diogo Cavalcante, “agora seguimos para identificar os servidores envolvidos para eventual responsabilização criminal”.

Segundo o diretor do Instituto de Pesquisa DNA Forense, Samuel Ferreira, a análise do material foi feita de forma prioritária. “Para os exames genéticos, utilizamos equipamentos e tecnologia de ponta e tratamos como prioridade absoluta para poder darmos uma rápida resposta para as famílias tendo em vista a sensibilidade e urgência que o caso exigia”, diz.

Descoberta

A filha de Geruza foi fruto de uma relação que ela teve com um homem, entre 2010 e 2013. No fim da gestação, eles terminaram. A filha nasceu em 14 de maio de 2014, no Hospital Regional de Planaltina. O ex-companheiro registrou a criança e ajudou financeiramente nos primeiros anos, mas não manteve contato próximo com ela.

Em 2020, a mãe foi surpreendida com um processo, movido pelo homem, no qual pedia a exclusão do nome dele do registro da criança. O motivo: o pai havia feito um exame de DNA, que comprovou que a menina não era filha dele.

Consternada com a situação, Geruza decidiu fazer um exame de DNA para comparar o próprio sangue e o da criança. O resultado chocou a mulher. Não havia possibilidade de a menina ser filha biológica dela.

Desde então, a dona de casa tinha certeza da troca de crianças no hospital. “Por volta das 5h, eu tive a bebê. Eles levaram, deram banho, trouxeram e me deram. Quando eu cheguei em casa, os vizinhos, por eu ser mais clara e o pai dela também ser claro, sempre falavam: ‘Essa menina é muito escura’. Mas na minha família tem todas as cores, aí eu nunca dei importância para isso”, diz.

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