Após a Ambev anunciar aumento de preço das bebidas, agora, a Heineken diz que analisa um reajuste, dado o cenário macroeconômico volátil.
“Estamos escolhendo abordagens assertivas de preços e custos em todos os nosso mercados para responder a esse desafio”, escreveu o presidente global da cervejaria holandesa, Dolf van den Brink, no relatório de resultados.
Mas não é só preço que está no radar do grupo holandês. Segundo relatório do Credit Suisse, a queda de “mid-teens” (algo entre 12% e 15%) do volume consolidado de cerveja da Heineken no país sugere que a Ambev teve “ganho forte” de participação de mercado.
A categoria mais afetada segue sendo a econômica, cujos volumes recuaram 40%. Nos rótulos premium e intermediários, os principais do grupo, o crescimento foi “forte”, nas palavras da companhia, “superando o mercado”.
A expectativa do mercado é de que haja algum recuo nos volumes e que as margens de cerveja no Brasil sigam pressionadas.
“Esperamos que os volumes consolidados caiam 2% na base anual, impulsionado principalmente por uma queda anual de 5,7% esperada para a cerveja no Brasil, embora ainda venha 18% acima dos níveis do terceiro trimestre de 2019, em uma combinação de crescimento da indústria de cerveja e recuperação de participação de mercado da Ambev durante a pandemia”, escreveram os analistas do BTG Pactual.