Trabalhadores são resgatados em condições análogas à escravidão no Maranhão

Os empregados não tinham instalações sanitárias ou acesso à água potável.

Fonte: Redação

Auditores-Fiscais do Trabalho do Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM), coordenado pela Subsecretaria de Inspeção do Trabalho, resgataram 28 trabalhadores de condições análogas à escravidão no interior do Maranhão. A operação foi realizada na segunda quinzena de outubro e contou com a participação do Ministério Público do Trabalho, da Defensoria Pública da União e, ainda, de Policiais Militares daquele estado.

Uma das ações foi realizada no município de Riachão, onde 15 trabalhadores atuavam na colheita de pequi. Eles foram encontrados em um barracão com estrutura de madeira e cobertura de lona plástica, às margens da Rodovia Transamazônica (BR-230).

Os empregados não tinham instalações sanitárias ou acesso à água potável. A fazenda em que permaneciam alojados explorava a atividade econômica, em conjunto com o transportador dos frutos – que os revendia na cidade do Crato, no Ceará.

No município de São Félix de Balsas, a equipe de fiscalização resgatou mais 13 trabalhadores, encontrados submetidos a condições degradantes. Sete deles trabalhavam na construção de uma edificação que seria utilizada, quando pronta, como alojamento de uma carvoaria.

Os trabalhadores permaneciam alojados em um barraco construído com madeira e coberto por lona plástica, sem paredes e com piso de chão batido, sem instalações sanitárias e consumindo água retirada de um igarapé.

Outros seis trabalhadores resgatados eram empregados na carvoaria, laborando diretamente no carvoejamento. Como o alojamento em que deveriam ficar ainda não estava pronto, permaneciam durante as noites em uma estrutura de madeira coberta por palha de palmeiras e lona plástica, sem paredes, junto à Rodovia Transamazônica.

Pós-Resgate

As verbas rescisórias dos empregados foram calculadas pela equipe de fiscalização e pagas pelos empregadores. Para todos os trabalhadores a Auditoria-Fiscal do Trabalho também emitiu requerimentos do Seguro-Desemprego de Trabalhador Resgatado, correspondente a três parcelas de um salário mínimo (R$ 1.100) cada.

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