Tem gente que parece nascer talhada para uma determinada atividade; outros nascem mesmo, não há como escapar à escultura prevista pelo destino. Por mais palpites do dia que se profira para apostar em futebol, tennis o outros esportes e fazer outras otimas experiências de jogo online, Matteo Berretini nasceu para jogar tênis.
Nascido em Roma, em 12 de abril de 1996, Berretini ganhou logo cedo o apelido de “O martelo”, desnecessário dizer o motivo. O atual número seis no ranking da ATP, posição alcançada em 31 de janeiro de 2022. Matteo Berrettini fez sua estreia no circuito no tradicional Aberto da Itália, depois de adquirir uma permissão especial (wild card) no torneio de qualificação. Mas de nada adiantou, foi vencido por Fabio Fognini, logo na primeira rodada.
Venceu seu primeiro torneio ATP 500, o Aberto da Suíça em Gstaad, derrotando Roberto Bautista Agut na final. No mesmo evento, também ganhou seu primeiro título de duplas ATP, ao lado de Daniele Bracciali.
Em 2021, Berretini chegou à final do Campeonato de Wimbledon, quando acabou derrotado por Novak Djokovic, por três sets a um. Antes, em 2019, chegará às semifinais do Aberto dos Estados Unidos.
A trajetória do tenista italiano prosseguiu no Aberto da Hungria, quando conquistou seu segundo título de simples da ATP, derrotando na final, Filip Krajinović. Os bons ventos continuam a soprar, levando Berrettini à final do Campeonato Internacional de Tênis da Baviera. Contudo, sua sequência de nove vitórias acabou interrompida por Cristian Garín no terceiro set de desempate.
Logo em seguida, no Aberto da Itália, Berrettini derrotou Alexander Zverev nas oitavas de final, constituindo ali, sua primeira vitória sobre um jogador Top Five. A melhora de Berrettini continuou na grama, piso que lhe parece mais confortável, ganhando seu terceiro título de simples em Stuttgart, vitória em cima de Félix Auger-Aliassime. uma curiosidade neste torneio: o saque de Berrettini não foi quebrado durante a competição, tornando-se o quinto jogador desde 1999 a vencer dois torneios sem ter o saque quebrado; a outra ocasião foi no Gstaad Open, de 2018.
Em seguida, Berrettini alcançou sua primeira semifinal ATP 500 no Halle Open, mas foi derrotado por David Goffin. Apurações feitas, o romano foi anunciado, logo depois, entre os Top 20.
Como décimo sétimo cabeça de chave em Wimbledon, Berrettini chegou às oitavas de final de um Grand Slam pela primeira vez, ao derrotar Diego Schwartzman em cinco sets. Foi aí que um semideus cruzou seu caminho, Roger Federer, o octacampeão o derrotou em pouco mais de uma hora. Muito bem humorado, Berretini ao cumprimentar Federer, perguntou: “Obrigado pela aula de tênis, quanto devo a você?”.
Uma contusão no tornozelo tirou Berretini dos dois próximos torneios, Gstaad e Montreal, mas isso parece ter contribuído com a ótima performance obtida no Aberto dos Estados Unidos, quando chegou às semifinais, feito que não acontecia desde 1977 para um italiano. Outro semideus não permitiu que chegasse à final, Rafael Nadal.
O mundo do tênis é território minado, a qualidade técnica entre os Top 100 é bastante nivelada e, deste modo, comemorar uma vitória sobre um Top 5 é sempre muito bom. A segunda vitória sobre um Top 5 veio e foi sobre Dominic Thiem, nas quartas de final do Aberto de Viena. Chegando à semifinal, Berretini viu seu nome entre os Top 10.
Berretini seguiu seu caminho avançando às quartas de final no Aberto da Austrália, vencendo o Ultimate Tennis Showdown, no retorno pós-pandemia, chegando às oitavas no US Open sem perder um set sequer, mas foi derrotado por três sets a um por Andrey Rublev. Na sequência, chegou às quartas de final em Roma pela primeira vez, perdendo para Casper Ruud, e avançou até a terceira rodada em Roland Garros. No Masters de Paris, seu desempenho foi péssimo e perdeu logo na primeira rodada para Marcos Giron.
Reencontrado sua melhor forma física e técnica, as brilhantes atuações de Berritini ajudaram a Itália a chegar à final da Copa ATP 2021, contra a Rússia; o romano perdeu para Daniil Medvedev por dois sets a zero. Veio o Aberto da França, e um prêmio, tornou-se o primeiro tenista italiano a chegar às oitavas de final em todos os torneios de Grand Slam.
Berrettini é um jogador agressivo em todos os pisos, mas suas melhores performances ocorrem na grama. Seus saques e forehand são verdadeiras marteladas, aliás, seu forehand tem rotação e profundidade notáveis. Sobre o saque, basta dizer que sua martelada já atingiu 235 quilômetros por hora. Seu jogo já foi comparado ao de Fernando González e Juan Martín del Potro, mas Berretini procura distanciar-se dessas comparações, buscando sempre estabilidade. Na vida privada, mantém um relacionamento com o também tenista Ajla Tomljanović.