O patrimônio declarado à Justiça Eleitoral pelo deputado federal Josimar Maranhãozinho (PL-MA), gravado pela Polícia Federal manuseando caixas de dinheiro, aumentou cerca de R$ 10 milhões nos últimos quatro anos. Os dados constam do registro da candidatura à reeleição apresentado pelo parlamentar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nessa quarta-feira, 4.
Maranhãozinho declarou possuir bens em um valor total de R$ 14,5 milhões em 2018 (caso esse patrimônio fosse corrigido pelo índice IPCA da inflação, ele equivaleria atualmente a R$ 18,4 milhões). Neste ano, o patrimônio do deputado totalizou R$ 25,4 milhões.
Esse patrimônio atual é composto, principalmente, por nove casas, onze terrenos, um apartamento, quatro salas comerciais e até mesmo uma aeronave. Também inclui quatro veículos e aplicações financeiras, além de bens apresentados sem o detalhamento.
Em 2018, ele declarou possuir apenas duas casas, dois terrenos, duas salas e nenhum apartamento. A aeronave já constava em sua declaração, além de seis veículos.
O deputado declarou ter R$ 920 mil em dinheiro vivo. O valor diminuiu em relação a 2018, quando ele disse possuir R$ 1,4 milhão em espécie.
Em dois inquéritos já concluídos, a Polícia Federal acusou o deputado de ter cometido o desvio de recursos públicos de emendas parlamentares enviadas a prefeituras do Maranhão, com crimes de peculato e lavagem de dinheiro. Em uma ação controlada feita com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), a PF gravou em vídeo e áudio o parlamentar, durante o ano de 2020, manuseando caixas com dinheiro vivo e as entregando para aliados.
O Globo informou que procurou Maranhãozinho para comentar a matéria, mas ele não teria atendido os contatos da reportagem. O Jornal Pequeno on-line também procurou o deputado, que até o momento não se manifestou.