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Ex-vereador morre após ser baleado com tiros de fuzil

Vítima é apontada pela polícia como um dos fundadores da Liga da Justiça, antiga milícia instalada no RJ e responsável pela prática de homicídios.

Fonte: Redação / Marcela Lemos - UOL/FolhaPress

O ex-vereador do Rio de Janeiro Jerônimo Guimarães Filho, de 73 anos, conhecido como Jerominho, morreu nessa quinta-feira (4) após ser baleado na estrada Guandu do Sapê, em Campo Grande, na zona oeste da cidade. Ele foi atingido por dois tiros de fuzil, no abdome e na perna, de acordo com a Polícia Civil.

A vítima ainda foi resgatada com vida, mas não resistiu e foi a óbito no Hospital Oeste D’Or. No atentado, uma segunda pessoa – que não teve a identidade revelada- ficou ferida e está em estado grave.

O ex-vereador é apontado pela polícia como um dos fundadores da Liga da Justiça, antiga milícia instalada no RJ e responsável pela prática de homicídios e cobrança de taxas de segurança de comerciantes e moradores da zona oeste.

Jerominho chegou a ser preso no fim de janeiro, mas foi solto uma semana depois. Na ocasião, havia contra ele um mandado de prisão por extorsão majorada com emprego de arma contra motoristas de vans que atuavam em Campo Grande. O crime ocorreu em 2005.

Esse não foi o único período em que Jerominho esteve atrás das grades. O ex-parlamentar já havia sido preso em 2007 e cumpriu 11 anos de prisão em decorrência de outros crimes. Em 2008, o nome dele apareceu na lista de 227 indiciados na CPI das Milícias. Ele acabou solto em 2018.

Jerominho foi vereador no Rio de Janeiro por dois mandatos, entre 2001 e 2008, sempre eleito com grandes votações. No mesmo período, conseguiu viabilizar a eleição do irmão Natalino Guimarães como deputado estadual em 2006.

Jerominho e Natalino foram presos pela Draco (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas) em 2007, sob a acusação de formação de quadrilha. Mesmo da cadeia, Jerominho foi capaz de eleger a filha Carmen Gloria Guinancio Guimaraes Teixeira, a Carminha Jerominho, vereadora em 2009. Contudo, ela pouco exerceu o mandato, pois foi presa em 2009 por participação no grupo paramilitar.

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