A filha de uma juíza tentou intimidar policiais militares na cidade de Ubá, em Minas Gerais, na noite do último sábado, 13. A mulher usou o parentesco com a magistrada para aplicar a “carteirada” quando desceu do carro e pediu para os agentes tirarem a viatura do local onde estava para que ela pudesse estacionar.
Paula Carneiro, que é psiquiatra, foi gravada pelos próprios policiais no momento em que descia de uma SUV branca e abordava os agentes. “Sou filha da juíza da Vara de Infância e Juventude. Só queria um lugar para parar, sem confusão”, disse.
O policial então pede para ela repetir de quem ela é filha, e a psiquiatra repete. “Eu não quero confusão, sabe. Eu só queria um lugar para eu parar, sem ter confusão. O senhor consegue?”. O agente então responde: “Tem estacionamento ali”. E Paula rebate com um palavrão: “Porra! Sério?”.
Os policiais então respondem que não podem fazer nada e que não são flanelinhas. E a psiquiatra pergunta: “Está de sacanagem?”
Paula então pede o celular, começa a ameaçar os policiais e repete que é filha da juíza Vilma Lúcia Gonçalves Carneiro, da Vara da Família, Infância e Juventude da cidade.
Um dos agentes então afirma, de forma mais enfática: “Senhora, pega seu veículo e tira dali senão vou ter que prender a senhora”.
Exaltada, Paula grita: “Me prende, porra”. Ela repete para o policial prendê-la 12 vezes. E entre esses pedidos diz: “Tu é macho ou não é, velho? Me prende”.
A PM de Minas Gerais, informou, em nota, que a passageira do carro desceu e solicitou aos policiais que retirassem a viatura, para que, assim, a motorista pudesse estacionar o veículo.
“A referida mulher se exaltou, demonstrando insatisfação com a solução apresentada pelos militares, insistindo para que retirassem a viatura”, diz o texto.
“Durante o fato, a mulher abriu a porta da viatura, sentando-se no banco traseiro. Utilizando a técnica policial de verbalização, os policiais militares, juntamente à sua amiga, condutora do veículo, conseguiram convencê-la a se retirar do veículo policial, não sendo necessário o uso de força”, finaliza o comunicado.