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Transporte aéreo: negócios de carga podem fomentar comércio exterior no Maranhão

Conselho Temático de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema) discutiu soluções logísticas aéreas.

Fonte: Redação/Assessoria

A CCR Aeroportos, que administra o aeroporto Marechal Hugo da Cunha Machado em São Luís, e a Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema) discutiram oportunidades de negócios de carga. O objetivo é ampliar a utilização da infraestrutura do terminal da CCR na logística de carga aérea e fomentar o comércio exterior no estado.

Este mês, a empresa informou que inicia uma operação cargueira doméstica em parceria com a Gol e Mercado Livre, o que irá reduzir para dois dias no máximo o tempo de entrega de mercadorias compradas no marketplace. E a partir do quarto trimestre deste ano, a importação de máquinas e peças para o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) será feita via CCR Aeroportos.

O encontro, que ocorreu na última quinta-feira (1º) com membros do Conselho Temático de Infraestrutura da Fiema, visou identificar os investimentos industriais no estado com potencial para transporte aéreo.

Foram mapeadas oportunidades de ampliar as importações via aérea sem que o Maranhão fique dependente de conexões. Atualmente, maquinário, plásticos, itens fotográficos, eletrônicos e itens de ferro e aço, de acordo com o portal de estatísticas do comércio exterior ComexStat (MDIC), estão entre os principais produtos importados pelo Maranhão. Estados Unidos, Alemanha, Austrália e China encabeçam a lista de exportadores.

Atualmente, três companhias áreas operam no Maranhão com voos domésticos: Gol, Latam e Azul. Essas empresas conectam o estado com os principais hubs internacionais do país, os aeroportos de Brasília (DF), Guarulhos e Viracopos (SP) e Recife (PE). Desses locais partem voos internacionais para a América do Norte, Europa e Ásia. São Luís não possui voos internacionais.

CARGAS NACIONALIZADAS NO MARANHÃO TÊM INCENTIVOS FISCAIS

Maria Fan, gerente executiva de cargas do grupo CCR, realizou uma apresentação para diretores da Fiema, empresários, representantes da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) e do governo estadual. Na ocasião destacou que cargas de grande porte, inclusive marítimas, já são liberadas no terminal de cargas de São Luís.

“Há uma redução de cinco dias no transit time rodoviário para São Luís em comparação com liberação de carga oriunda do Porto de Pecém”, frisou.

Ela lembrou ainda que o Programa ProMaranhão oferece redução de até 75% no Imposto sobre Circulação de Mercadoria (ICMS) para importações nacionalizadas no Maranhão pelos segmentos industrial, agroindustrial e tecnológico, inclusive o transporte.

O terminal de carga de São Luís possui infraestrutura com equipamentos como empilhadeiras e câmaras frias para armazenagem de produtos resfriados e congelados. Há ainda disponibilidade de áreas para instalação de galpões logísticos de interesse de indústrias, distribuidores ou qualquer outro elo da cadeia logística. Um dos benefícios de estar em uma zona primária é o envio e recebimento mais rápido de carga.

PENSAR O MARANHÃO

A questão logística de cargas aéreas já integra as discussões que acontecem no “Pensar o Maranhão”, um fórum de debates sobre temas que possam contribuir para o desenvolvimento econômico e social do estado.

O grupo de trabalho da Fiema reúne, além de empresários, representantes em todos os níveis de governo, da academia e pesquisa. Nesse espaço são debatidas questões estratégicas numa visão de médio e longo prazos. A reunião com a CCR Aeroportos acrescenta informações importantes a essa discussão.

“Faremos um novo encontro em outubro, quando detalharemos melhor quais cargas são elegíveis ao transporte aéreo’, disse o presidente do Conselho Temático de Infraestrutura da Fiema, João Batista Rodrigues.

Ele acrescentou que ao contrário do transporte rodoviário para São Luís, considerado ‘fim de linha’, o transporte aéreo se mostra uma solução logística bastante viável e atrativa.

O gerente executivo do Cluster São Luís, da CCR Aeroportos, Jaison Mello, reforçou o crescimento não apenas do transporte de passageiros, mas também de cargas pelo modal aéreo na pós-pandemia. Algumas questões que surgiram durante o primeiro encontro devem ser retomadas, entre elas como as empresas que integram o Programa de Desenvolvimento de Fornecedores podem ganhar mais competitividade com o transporte aéreo, a viabilidade de cargas também pelo aeroporto de Imperatriz e a multimodalidade no transporte de cargas.

O presidente do Conselho Temático de Meio Ambiente da Fiema e diretor da instituição, Benedito Mendes lembrou do potencial que o estado tem em áreas como a agricultura, da agricultura familiar ao agronegócio. E reafirmou a necessidade de soluções logísticas que levem em consideração a multimodalidade com transporte marítimo, rodoviário e aéreo.

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