Azul e Smiles iniciam bloqueio de contas por suspeita de venda de milhas

O TudoAzul e a Smiles começaram a enviar e-mails para alguns de seus clientes informando que suas contas seriam bloqueadas por 90 dias

Fonte: Com Melhores Destinos

O TudoAzul, programa de fidelidade da Azul, começou a enviar e-mails para alguns de seus clientes informando que suas contas seriam bloqueadas por 90 dias, após o programa ter supostamente identificado movimentações que vão contra ao seu regulamento.

Durante esses três meses, os clientes notificados não poderão acessar a conta, resgatar pontos, transferir pontos entre contas, dentre outros serviços.

A Smiles começou a fazer o mesmo.

Fica claro que os programas estão realizando esses bloqueios visando coibir o comércio paralelo de milhas. Porém, não está claro qual critério está sendo utilizado na seleção dos clientes.

Em contato com a Azul, a companhia enviou a seguinte nota:

“A Azul informa que alguns clientes participantes do TudoAzul tiveram suas contas temporariamente suspensas após a companhia constatar movimentações contrárias ao regulamento de seu programa de fidelidade. A companhia destaca que desde o mês de maio vem notificando clientes que estejam agindo em desacordo com as regras do programa e que, após constatar reincidências, aplicou as penalidades previstas. O regulamento completo está disponível para consulta em www.tudoazul.voeazul.com.br.”

Já a Smiles enviou o seguinte posicionamento:

“A Smiles informa que suspendeu temporariamente as contas de alguns participantes ontem (5), após observar ações em sua plataforma que estão em desacordo com o regulamento do programa de fidelidade.

A medida, que terá duração de 90 dias, tem como objetivo alertar os participantes Smiles sobre o uso indevido do programa. As viagens futuras já quitadas não sofrerão alterações e os clientes poderão contar com o suporte do time de atendimento.

O regulamento completo da Smiles está disponível para consulta no site: https://www.smiles.com.br/regulamento-do-programa-smiles-01

Parece que a limitação de beneficiários não foi o bastante e os programas estão encontrando outras maneiras para dificultar a vida dos participantes que optam por vender suas milhas. O problema é que, nestes casos, o cliente não tem como saber qual critério está sendo adotado e como ele pode se previnir para não ter sua conta bloqueada.

Embora medidas mais duras para quem vende milhas sejam mais raras no Brasil, elas são comuns em programas estrangeiros. Por exemplo, os clientes do AAdvantage da American Airlines que vendem suas milhas correm o sério risco de perder suas contas, ter todas as milhas perdidas e os bilhetes resgatados cancelados. E olha que o programa americano sequer possui um limite máximo de resgates por ano.

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