O Brasil fornecerá o remédio mais caro do mundo pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em comunicado pelas redes sociais, neste sábado (3), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou a inclusão do Zolgensma no rol de medicamento usado para tratar atrofia muscular espinhal (AME).
O Zolgensma recebeu parecer favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias em Saúde no SUS (Conitec), mediante acordo de acesso gerenciado.
“Com isso, o Sistema Único de Saúde do Brasil ofertará as tecnologias mais avançadas para o tratamento da AME. Isso porque o Zolgensma se une ao Nusinersena e ao Risdiplam, tratamentos já incorporados ao sistema de saúde”, detalhou Queiroga.
O remédio recebeu recomendação para ser ofertado a crianças com AME do tipo I, com até 6 meses e que estejam fora de ventilação invasiva acima de 16 horas por dia.
Em outubro, Queiroga participou de uma sessão da Câmara dos Deputados para debater a incorporação do medicamento Zolgensma. Na ocasião, ele disse que a inclusão da medicação não poderia ser “algo emocional” e disse ver no fortalecimento de centros de reabilitação a alternativa para o tratamento de algumas doenças raras.
O Zolgensma é fundamental no tratamento da doença, que, em sua versão mais grave, pode causar a morte de crianças antes dos 2 anos. A dose chega a custar R$ 6,5 milhões, é produzida por um grupo farmacêutico suíço e promete neutralizar os efeitos da doença, reduzindo a necessidade de ventilação permanente para a respiração da criança, além de ajudar no desenvolvimento motor.