Para Marcelo Medeiros (TAG Racing/#159), que faria uma prova de recuperação na disputa da terceira etapa do 45º Dakar, os planos foram adiados, o piloto sofreu uma queda próximo ao local onde a prova foi encerrada, não sofreu nenhum dado físico e fechou em 16º lugar na categoria quadriciclos. “Estou bem muito bem fisicamente, a equipe fará a manutenção devida no quadriciclo para pra poder seguir a prova amanhã”, destaca o piloto.
Segundo comunicado, a decisão de cancelar a prova entre as cidades de Alula e Ha’il foi devido à degradação das condições climatéricas que já não permitia aos organizadores garantirem as melhores condições de segurança aos participantes. Portanto, as equipes que completaram como das motos, tiveram os seus tempos mantidos. Já as demais, quadriciclos, carros e caminhões, que ficaram paradas no ponto de controle (378 km da especial), tiveram a classificação do dia estabelecida a partir dos tempos alcançados neste ponto ou os cálculos serão feitos para cada um dos pilotos de acordo com a média realizada na primeira parte da etapa para atribuir-lhes um tempo de chegada.
“Nos primeiros 50 quilômetros tivemos talvez o mais belo visual desta edição do rali. O trajeto continha uma rota através de uma sucessão de cânions, com prova rápida, consegui imprimir um bom ritmo, mas após a metade do percurso as coisas se complicaram, o mau tempo prejudicou bastante o rendimento, precisei parar por muitas vezes. Amanhã é outro dia e vamos para as areias e dunas do jeito que eu gosto”, destacou o piloto brasileiro de São Luís, Maranhão.
Os próximos desafios do principal rali do planeta serão em formato de laço, partidas e chegadas da cidade anfitriã Ha’il, para as etapas 04 e 05. Nesta quarta-feira, 04, serão 574,01 quilômetros totais, sendo 425 quilômetros de trechos cronometrados e na quinta-feira, 05, serão 645,04 quilômetros totais, com especial de 373 quilômetros.
Nesta fase a areia será predominante e Marcelo Medeiros é especialista nesse tipo de terreno. Areia, areia e mais areia, principalmente na segunda volta ao redor de Ha’il, a capital saudita das corridas off-road. Nos dois dias os competidores passarão por trechos de dunas íngremes e de todos os tipos. A navegação será essencial nos trajetos finais das especiais cronometradas.
O piloto da TAG Racing e seu Yamaha 700 enfrentam, durante estas duas primeiras semanas do ano, a um total de 8.549 quilômetros, dos quais 4.706 quilômetros serão especiais cronometrados e o restante divididos entre trechos iniciais e finais de deslocamento. O Dakar teve início no domingo, 01 de janeiro e prossegue até 15 de janeiro com chegada em Damman no Golfo Pérsico.
Dentro do Dakar, Marcelo Medeiros realiza a segunda participação consecutiva na Arábia Saudita, no ano passado completou em sexto, vencendo três etapas. O piloto pentacampeão do rali do Sertões conta com outras três participações, quando a competição aconteceu na América do Sul. Em sua estreia, em 2016, e no ano seguinte o maranhense não finalizou a prova. Em 2018, ficou em quarto lugar entre os quadriciclos.