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Justiça manda soltar açougueiro que sequestrou adolescente no Rio de Janeiro

No fim da manhã desta quinta-feira, a adolescente retornou para casa com o pai, que veio buscá-la em São Luís acompanhada de uma policial.

Fonte: Redação

O açougueiro Eduardo da Silva Noronha, de 25 anos, acusado de sequestrar uma adolescente de 12 anos e trazer para São Luís foi solto pela Justiça na manhã desta quinta-feira, dois dias após ser preso em flagrante em uma quitinete na Vila Luizão, em São Luís.

Após audiência de custódia, a juíza Maria da Conceição Privado Rêgo aplicou as medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, e concedeu liberdade a Eduardo da Silva.

Entre outras medidas cautelares, o acusado não poderá manter contato com a adolescente por qualquer meio de comunicação, redes sociais e afins. Também fica impedido de aproximação com a menor no espaço de 200 metros, no mínimo, e está determinado o recolhimento domiciliar noturno a partir das 23h, entre outras aplicações.

Leia também: Veja fotos do local onde açougueiro manteve adolescente do Rio em cárcere privado

De volta ao Rio

No fim da manhã desta sexta-feira, a adolescente retornou para o Rio de janeiro com o pai, que veio buscá-la em São Luís acompanhada de uma policial que veio fazer a escolta.

Segundo o Conselho Tutelar, a menina está bem e passou por todo acompanhamento e exames necessários, além de atendimento psicológico.

O CASO

Eduardo da Silva Noronha foi preso por manter a menina de 12 anos em cárcere privado, no bairro Vila Luizão, na cidade de São Luís. A Polícia Civil estourou o cativeiro e efetuou a prisão na última terça-feira, 14.

De acordo com a polícia, a vítima é natural do Rio de Janeiro e conheceu o suspeito pela internet, por meio do aplicativo Tik Tok. Eles mantiveram contato por dois anos, até o indivíduo viajar para buscá-la.

No último dia 6 de março, ele foi até Sepetiba, na Zona Oeste do Rio, e pegou a garota na porta da escola. Eduardo contratou um carro de viagens por aplicativo para fazer a viagem, que custou R$ 4 mil. Agora, a polícia investiga se o suspeito solicitou o transporte pelo app ou se tratou diretamente com o motorista. Foram dois dias de estrada e mais de 3 mil quilômetros dentro do veículo.

A vítima estava desaparecida desde o último dia 6 de março, quando saiu com destino a sua escola, localizada em Sepetiba, Zona Oeste do Rio, e não mais retornou para casa. A Polícia Civil do Maranhão recebeu solicitação de apoio da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), e então conseguiu localizar a jovem em uma kitnet com o suspeito.

A polícia conseguiu resgatar a menina e prendeu o homem de 25 anos, que foi encaminhado para a Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), onde foram tomadas as medicas cabíveis.

De acordo com O Globo, o pai da menina disse que desconfiava que ela podia ter ido ao Nordeste. Ele contou que, no ano passado, flagrou a filha em conversa pela rede social TikTok com um rapaz, que seria do Maranhão.

“Soube que ela dizia para amigas que o rapaz seria namorado dela. Diziam que se chamava Eduardo e tinha cerca de 16 anos. Quando soube disso, deixei minha filha quatro meses sem celular. Mas, como passou a ficar deprimida, eu e a mãe conversamos com ela, que prometeu não falar mais com o rapaz. E devolvemos o celular. Estamos desesperados, arrasados”, confessou.

A família soube pelo pai de uma aluna da escola que a vítima não chegou a entrar no colégio. Teria ficado no portão, de onde teria saído acompanhada de um rapaz. Colegas da garota deram informações diferentes sobre o local para onde teria ido.

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