Projeto Menina Cidadã visa ampliar políticas de arte, esporte e lazer nas escolas públicas de São Luís

Nessa terça-feira (18), foi apresentada a Carta Demanda, em defesa de um olhar acolhedor para a infância e adolescência.

Fonte: Luciene Vieira

O Projeto Menina Cidadã existe desde dezembro de 2020, e é reconhecido por promover debates sobre a inclusão social, a igualdade e a segurança nas escolas públicas de São Luís. Agora, foi escrita a Carta Demanda, que discursa sobre a necessidade de aplicação de políticas públicas nos colégios instalados no bairro da Cidade Operária, na capital.

A Carta foi lida nessa terça-feira (18), no auditório da sede da Defensoria Pública do Estado do Maranhão (DPE-MA), localizado no bairro Renascença. O documento foi escrito a muitas mãos e, segundo seus idealizadores, tem o propósito de “mais afeto e acolhimento nas escolas, e menos armas”, com arte, esporte e lazer.

Bianka Melo, que faz parte do Menina Cidadã, afirmou que o projeto já realizou oficinas e rodas de conversas em mais de 30 instituições de ensino espelhadas pela cidade.

“Realizamos junto à Defensoria Pública do Estado do Maranhão a inspeção dos postos de saúde. E, a proposta de hoje (ontem), é pensar na arte, esporte e lazer como formas de ressignificar todo esse movimento, mostrar que inclusão salva, e que precisamos proporcionar mais oportunidades, bem como dizer que armas não curam a violência”, declarou Bianka.

De acordo com o Projeto Menina Cidadã, o objetivo da carta propósito é chamar a atenção sobre quais medidas preventivas podem ser pensadas com foco na infância e na adolescência em toda a sua potência, com vista na educação, no esporte, no lazer e na cultura, promovendo um futuro de menos violência e menos armas.

Um dos trechos da carta fala que “não são com armas que se devem tratar adolescentes e jovens, haja vista que muitos deles vivenciam continuadamente situações de violência e abandono intrafamiliar e comunitário, crescendo em ambientes que só estimulam práticas violentas. para enfrentar estes conflitos, estes jovens, muitos deles ainda na transição entre a infância e a adolescência, precisam de profissionais de educação, saúde e assistência social inspiradores de soluções não violentas”.

O Menina Cidadã surgiu a partir de demandas de dentro das escolas, pois o projeto é formado por jovens e adolescentes da macrorregião da Cidade Operária.

Nos dois primeiros anos, o Menina Cidadã percorreu dezenas de escolas da rede pública de ensino não só na periferia de São Luís, mas também em outros municípios, promovendo diálogos acerca da dignidade menstrual, da saúde de meninas e meninos que vivem em situação de vulnerabilidade social.

DEFENSORIA PÚBLICA

De acordo com o defensor público Davi Veras, do Núcleo de Defesa da Criança e do Adolescente, disse que foi criando um grupo de trabalho e monitoramento da segurança nas escolas.

“A Defensoria Pública entende a necessidade de ouvir o movimento popular, as pessoas das comunidades, sobretudo ouvir movimentos diretamente ligados à questão. O encontro no auditório da Defensoria busca propor alternativas de uma escola melhor. Faremos um amplo debate”, declarou Davi Veras.

Fechar