Na MA-203, no bairro do Araçagi, existe um corredor central com canteiros largos para paradas de ônibus, que seria exclusivo para o BRT. Os moradores do da região querem a retirada dessa passagem, pois alegam que o projeto BRT não mais existirá, e a segunda parte dele, que seria na Avenida dos Holandeses, nunca foi executada.
“A segunda parte do projeto nunca foi executada, ela seria na Avenida dos Holandeses, via essa que acabou sendo modificada na gestão Eduardo Braide. Então, o corredor central deu exclusividade às poucas linhas de ônibus que temos circulando pelo local, que não transitam o tempo todo nele, porque precisam entrar e sair do bairro. Logo, os coletivos circulam tanto no corredor exclusivo, quanto nas vias de veículos comuns”, informou o morador Lucas Silva.
Segundo o morador, as pistas exclusivas para ônibus são utilizadas por uma quantidade média de cinco ônibus por hora. Alguns destes, que precisam entrar e sair do bairro, transitam também pelas faixas destinadas aos veículos.
ABAIXO-ASSINADO
Lucas informou que foi criado um abaixo-assinado pedindo modificações na MA-203. Pelo menos 1.500 moradores do Araçagi assinaram o documento, solicitando à Agência de Mobilidade Urbana (MOB), que faça modificações na rodovia estadual, que foi projetada para receber o BRT.
Na petição, os moradores solicitam que a pista central onde transitam ônibus, que seria para o BRT, seja recolocada na via da direita. A justificativa é que os ônibus precisam entrar e sair do bairro e acabam ocupando a via destinada para veículos comuns.
Ainda de acordo com os moradores, a pista para veículos comuns é estreita, e causa grandes congestionamentos, principalmente em frente a escolas e pontos de saída e entrada para o bairro. Na maior parte do tempo, a pista central permanece livre, devido a poucas linhas de ônibus que transitam no bairro.
Confira a descrição da petição:
“Depois de muitos acidentes, mortes e engarrafamentos diários, moradores do bairro Araçagi pedem o fim da pista central exclusiva para ônibus na MA-203, bem como a retirada dos canteiros centrais, para que a avenida volte a ter três faixas nos dois sentidos de acesso ao bairro.
Os poucos ônibus que transitam na avenida precisam entrar e sair do bairro que ficam à direita da avenida, e por isso acabam utilizando todas as faixas existentes.
As duas faixas que restam para veículos comuns são estreitas, e por isso provocam grandes congestionamentos principalmente nos horários de pico e finais de semana, devido ao grande fluxo de carros por conta do contínuo crescimento do bairro. Além disso, pedimos a relocação do retorno em frente ao Colégio Marista, tendo em vista o grande transtorno no trânsito todos os dias no local, que em breve deve piorar com a inauguração de uma escola ao lado e outra próxima, na mesma área.
Estamos cansados de tanto transtorno para chegar e sair de nossas casas, e contamos com a compreensão do governador Carlos Brandão para que atenda o nosso apelo”.
OUTRO LADO
Por meio de nota, a Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB) informou que “um estudo técnico está sendo realizado para discutir a demanda. Um grupo de trabalho, com a participação de integrantes da associação de moradores, foi criado para acompanhar a solicitação”.