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Mãe recebia mesada para que empresário abusasse da filha de 2 anos

A avó materna da criança também é suspeita, e seria beneficiada economicamente pela exploração da neta.

Fonte: Com informações de Vitor Rosa, RBS TV

Uma mulher, de 25 anos, foi presa por suspeita de receber mesada para que o empresário Jelson Silva da Rosa, de 41 anos, abusasse sexualmente de sua filha, de 1 e 8 meses. Trata-se da quarta mãe capturada pela Operação La Lumière, que investiga a exploração sexual infanto-juvenil em Porto Alegre-RS.

Mulher presa por exploração sexual da filha (Foto: RBS TV/Reprodução)

A mãe, que reside na Capital, é suspeita de favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança e adolescente e estupro de vulnerável.

Além das quatro mulheres, o empresário suspeito de cometer as violências sexuais contra as crianças está preso desde abril. Ele foi indiciado por exploração sexual infantil e estupro.

“A gente identificou muitas conversas salvas e valores combinados para o programa previamente, como se fosse uma tabela de preços, um cardápio: sair com a criança e a mãe, passear no shopping, o valor era X. Ir para hotel, Y, tomar banho de banheira, fazer massagens. Pedindo Pix, pedindo depósitos prévios, se faz sedutor [suspeito], do bem primeiramente. E, aí vai se aproximando das pessoas. Elas vão ficando dependente financeiramente dele e acabam que exploram suas filhas”, relatou a delegada Camila Franco Defaveri.

De acordo com as informações da polícia, a avó materna da criança também é suspeita. Ela daria suporte e apoio para os crimes e seria beneficiada economicamente pela exploração da neta.

O esquema envolvia uma rede de mulheres que entregavam seus filhos, todos entre 0 e 12 anos de idade, para abusos sexuais em troca de dinheiro e presentes.

O suspeito ofereceria uma lista de opções às mães, com preços para passar o fim de semana e dar banho nas crianças, como se fosse um cardápio.

A filha da mulher presa nesta sexta foi encaminhada para perícia psíquica e verificação de violência sexual no Centro de Referência em Atendimento Infanto-Juvenil (CRAI-IGP), por equipes do Conselho Tutelar.

O advogado Marcos Vinícius Barrio, que defende o empresário, afirmou à RBS TV que a suspeita é “descabida e imprópria” e que a conduta de Jelson não se enquadra na “figura prevista do crime de exploração sexual”.

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