Em 2023, já foram registrados mais de 1,3 milhão de casos prováveis de dengue no Brasil, com 596 mortes confirmadas e 428 em investigação. As regiões mais afetadas são Centro-Oeste e Sudeste. Os dados foram apresentados por Daniel Ramos, da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, em debate na Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados nessa terça-feira (6).
Ramos destacou que em 1995 apenas 31,4% dos municípios estavam infestados pelo mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da chicungunya e da zika; em 2021, a infestação atingia 89,9% das cidades.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou vacina contra a dengue em março, mas o representante do Ministério da Saúde explicou que ainda levará um tempo para ela estar disponível para a população: “A gente aguarda o posicionamento oficial da OMS [Organização Mundial da Saúde], que deve sair em setembro”.
A previsão de incorporação desta vacina no SUS, segundo Daniel Ramos, é de aproximadamente um ano e meio. “Por conta dos trâmites de importação de um lote inicial, mas também de trazer essa tecnologia para Bio-manguinhos e a Fiocruz poderem produzir no Brasil”, detalha o coordenador.
Em março deste ano, o ministério acionou o chamado comitê de operações de emergências para apoiar estados e municípios para lidar com a dengue.