Hospital da Ufma inicia atendimento no Ambulatório de Fibrose Cística para adultos

Trata-se de uma doença rara de origem genética, também chamada de mucovicidose, que acomete principalmente crianças e adultos jovens.

Fonte: Redação / Assessoria

O Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-Ufma), gerido pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), avança em mais um procedimento oferecido à população. Foi iniciado o Ambulatório de Fibrose Cística para o paciente adulto, sendo o primeiro no estado com foco nesse público, tanto da rede pública quanto da privada.

A Fibrose Cística é uma doença rara de origem genética, que acomete principalmente crianças e adultos
jovens (Foto: Divulgação)

“No Maranhão, ainda não tínhamos ambulatório específico de Fibrose Cística em adultos, contávamos somente com o Ambulatório de Pneumopediatria, com atendimentos voltados para crianças, adolescentes e adultos jovens. Quando estes pacientes entravam na vida adulta seguiam sendo atendidos no Ambulatório de Pneumologia geral”, explicou a coordenadora do novo ambulatório e professora de Pneumologia, Byanka Teles.

A docente ponderou que esses pacientes devem ser atendidos separadamente, pois a consulta demanda mais tempo e maior atenção devido a particularidade dos casos.

“Os pacientes também são segregados entre si pra não haver contaminação cruzada devido a micro-organismos potencialmente patogênicos que estão presentes nesses pacientes”, reforçou.

DOENÇA RARA

A Fibrose Cística é uma doença rara de origem genética, também chamada de mucovicidose, que acomete principalmente crianças e adultos jovens, e no Brasil atinge cerca de 1 para 7 mil nascidos vivos.

O paciente Victor Mateus de Sousa, 24 anos, é atendido no HU-Ufma/Ebserh desde criança e agora, já na sua fase adulta, pode contar com um atendimento específico para a enfermidade.

Segundo relato de sua mãe, Janaína de Sousa, 50, ele foi diagnosticado ainda bebê com o teste do pezinho e a confirmação veio com o teste do suor e exame de DNA.

“Ele é um paciente que faz o acompanhamento adequado, faz uso das enzimas antes das refeições, nebulização, atividade física e tudo isso contribui para a sua qualidade de vida, poder contar com um atendimento mais específico”, pontuou.

De acordo com Byanka Teles, o diagnóstico pode ser feito em duas situações: até o primeiro mês de vida, sendo realizado através do teste do pezinho e confirmado com a dosagem do cloro no suor; já quando se trata de adultos ou adultos jovens, que não passaram pela triagem neonatal, é por meio da dosagem do cloro no suor que precisa ser feito com duas amostras.

Após isso é procedida a pesquisa das mutações por meio da genotipagem (um teste no sangue). “Como se trata de doença rara e genética, ainda temos poucos pacientes adultos, esperamos que com a divulgação apareçam mais pacientes. Para ser encaminhado ao ambulatório, o paciente deve ter o diagnóstico de Fibrose Cística e/ou ter forte suspeita clínicodiagnóstica. Geralmente, os pacientes são encaminhados dos pneumologistas gerais, pneumopediatras ou gastroenterologistas pediátricos ou de adultos”, enfatizou a pneumologista.

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