O Governo Federal determinou que a Caixa Econômica Federal suspenda a cobrança de tarifa sobre transferência via Pix para cliente pessoa jurídica.
Na noite dessa segunda-feira (19), o banco comunicou que, a partir de 19 de julho, haveria cobrança do Pix de empresas privadas.
O anúncio, porém, irritou ministros do governo. O tema repercutiu negativamente nas redes sociais, o que vem causando preocupação no Palácio do Planalto.
Diante da repercussão negativa, a ordem foi para que a Caixa suspenda o anúncio pelo menos até uma decisão final do presidente Lula, que está em viagem pela Europa.
Internamente, a Caixa reconhece preocupação com a repercussão negativa e “desinformação” sobre a medida, já que ela não atinge pessoas físicas.
Uma eventual cobrança do uso do Pix às pessoas físicas – proibida pelo Banco Central – foi politizada durante o período eleitoral. Desde que assumiu, o governo Lula vem reforçando que não haverá esse tipo de cobrança.
Cobrança de Pix para empresas é feita por outros bancos
A Caixa ressaltou, em nota, que a cobrança às empresas já “é realizada por outras instituições financeiras” e autorizada pelo Banco Central desde de novembro de 2020 – ou seja, desde o início do funcionamento do meio de transferência e pagamento instantâneo.
“A Caixa não realiza cobrança de tarifa Pix de seus clientes pessoa física, de microempreendedores individuais (MEI) e de beneficiários de programas sociais”, diz o banco em nota.