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CEO da empresa dona do Titan disse que submarino era ‘indestrutível’

O destino dos exploradores era o Titanic, que está a 3,8 mil metros, nas profundezas do Oceano Atlântico, desde 1912.

Fonte: Com informações do Fantástico

Na última quinta-feira (22), a Guarda Costeira dos Estados Unidos confirmou que todos os cinco ocupantes do submersível Titan morreram, provavelmente depois de uma implosão causada pela pressão da água. O destino dos exploradores era o Titanic, um transatlântico que está a 3,8 mil metros, nas profundezas do Oceano Atlântico, desde 1912.

Arte mostra implosão em submarino (Foto: Reprodução/Globo)

Assim como Titanic foi classificado como “inaufragável” na época da sua construção, o fundador da OceanGate, dona do Titan, disse em entrevista que a cápsula era “indestrutível”. Stockton Rush é um dos ocupantes que morreram no acidente.

O Fantástico conversou com o jornalista americano David Pogue, da rede de TV CBS, que chegou a embarcar para fazer a expedição no Titan e lembra da conversa que teve com Stockton.

“Eu disse: ‘O que controla a cápsula é um joystick de videogame, as luzes você comprou numa loja que vende equipamento de camping. Você acha isso seguro?’ . E ele me disse: ‘Claro! Todas essas coisas podem falhar. O importante é a cápsula que leva as pessoas, e essa é indestrutível”.

Segundo o jornalista, a viagem não deu certo porque, ao chegar a 11 metros de profundidade, houve uma falha mecânica e o submarino voltou à superfície. “Fiquei apavorado”, relembra.

⚠️Alertas ignorados

A OceanGate ignorou uma série de preocupações levantadas por especialistas. “A fibra de carbono misturada com titânio, tem uma regra que diz para não fazer isso e, bom, eu fiz”, disse Stockton Rush em outra entrevista.

Em 2018, uma carta assinada por integrantes da comunidade científica americana foi enviada a Stockton Rush alertando dos perigos do Titan. O engenheiro Bart Kemper, que trabalha com design de submarinos, foi um dos signatários.

“Eu sou o cara que pulava de aviões para testar explosivos. E eu não entraria no Titan”.
Uma das preocupações apontadas por ele era sobre o material escolhido para a cápsula principal do submersível. “Estavam tentando deixar o submersível mais leve. Para isso, usaram fibra de carbono. Esse material já foi usado em corridas de carro e no espaço, mas nunca desta maneira para submarinos”.

A Guarda Costeira americana afirmou ter localizado partes da frente, de trás e de baixo do Titan. Todas feitas de metal.

Herdeiro de uma grande fortuna, Rush queria ser pioneiro em transformar o Titanic em um destino turístico.

Confiava tanto no Titan, que ele mesmo estava na expedição, com o bilionário britânico Hamish Harding, o empresário paquistanês Shahzada Dawood e seu filho, Suleman, e o ex-comandante da marinha francesa Paul-Henry Nargeolet, um dos maiores especialistas em Titanic no mundo.

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