A Casa TEA 12+ registrou mais de 3 mil atendimentos e procedimentos, em 2023, garantindo mais acesso a serviços e cuidados a pacientes do Espectro Autista e seus familiares no Maranhão. Inaugurada em abril deste ano pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), o centro especializado de atendimento ao adolescente e adulto com Transtorno do Espectro Autista (TEA) oferece atendimentos em neurologia, educação física, psicologia, psicopedagogia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, assistência social, fisioterapia, musicoterapia e arteterapia.
“A Casa TEA 12+ é um equipamento fabuloso, tem esse potencial de diversos níveis de atenção e serviços. É bom lembrar que estamos em uma era de mudança e empenhados com políticas públicas que beneficiem a todos, e desta forma ampliando as possibilidades de desenvolvimento também de jovens e adultos com TEA, para que este público possa ter acesso a um cuidado humanizado e de qualidade”, destacou o secretário de Estado da Saúde, Tiago Fernandes.
Em pouco mais de quatro meses de atividades, a CASA TEA 12+ realizou 3.126 atendimentos. Entre os serviços mais demandados, destacam-se o atendimento psicológico, com 820 atendimentos e as 162 consultas com psiquiatra já realizadas. A psicóloga Lyandra Frazão destaca a eficácia do processo interdisciplinar. “Nossa busca é a evolução do paciente dentro do protocolo estabelecido pela casa. Podendo ser realizada uma ou mais abordagens terapêuticas. É gratificante perceber que os atendimentos já apresentam resultados positivos na vida dos pacientes e, consequentemente, de suas famílias”, ressaltou.
Iniciativa pioneira no Nordeste, a Casa TEA 12+ integra a rede de serviços da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e é gerenciada pela Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH). “O Governo do Maranhão é pioneiro ao oferecer atendimento na rede pública para pessoas com autismo na adolescência e fase adulta, garantindo inclusão e dignidade a esses indivíduos que enfrentam não apenas os desafios típicos dessa fase da vida, mas também lidam com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e vivenciam essas experiências de forma singular”, disse o presidente da EMSERH, Marcello Duailibe.
Segundo a diretora da unidade, Isabela Trinta, após a triagem o paciente é recepcionado na unidade, buscando a partir de diversas ferramentas a conquista de autonomia e desenvolvimento de capacidades. “Buscamos um atendimento integral do paciente e seu núcleo familiar, identificando e personalizando sua trajetória em acordo com suas necessidades específicas”, explicou.
Rede de atendimento
Os pacientes maiores de 12 anos são encaminhados a partir de unidades da rede SUS após atendimento em unidades de saúde das redes estadual e municipal. No caso das pessoas com suspeita de TEA, o espaço vai permitir o diagnóstico adequado. Quem já tiver o diagnóstico fechado poderá dar seguimento ao acompanhamento profissional.