Dados do último boletim InfoGripe, publicado semanalmente pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), alerta para o crescimento de casos de Covid-19 no país. A recomendação para quem apresenta sintomas da doença é retomar o uso da máscara ao procurar uma unidade de saúde.
O aumento nos casos de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) associadas à Covid-19 é observado nos estados do Sudeste e Centro-Oeste do país, com destaque para Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás. Desde o início da pandemia, o Brasil teve mais de 37 milhões de casos confirmados, e acumula mais de 705 mil mortes.
Segundo dados do Ministério da Saúde, as cidades com maior número de casos de covid-19 acumulados são o Rio de Janeiro (1.347.957), seguido por São Paulo (1.187.714) e Brasília (914.263). As mesmas capitais são as com maior número de mortes, com diferença que São Paulo (45.309) teve mais casos fatais que o Rio (38.351), e neste quesito Brasília (11.895) quase empata com Fortaleza (11.877).
Algumas cidades registraram menos de 50 casos no sistema do Ministério da Saúde desde o início da pandemia. É o caso de Boa Vista do Gurupi, no Maranhão (16), Pedro Teixeira, em Minas Gerais (25) e Sebastião Barros, no Piauí (29). Junto com a cidade mineira Pedro Teixeira, algumas outras também não registraram nenhum óbito, como Flor do Sertão, em Santa Catarina, e Novo Tiradentes, no Rio Grande do Sul.
Vacinação
O diretor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Eder Gatti, reforça explica que tomar a vacina ajuda a evitar complicações. “A vacina protege contra formas graves da doença, evita que a pessoa evolua para formas que demandem por exemplo internação, intubação, ventilação mecânica, e sem contar que diminui o risco de a pessoa morrer”, explica.
Segundo dados do Vacinômetro do Ministério da Saúde, já foram mais de 517 milhões de doses de vacina monovalentes aplicadas, e 29 milhões de doses bivalentes. Desta última, a taxa de cobertura vacinal no país está em 16,23%. Apenas São Paulo e Distrito Federal já imunizaram mais de 20% da população. Entre os estados que menos vacinaram estão Roraima, Mato Grosso e Rondônia, em que apenas 7% da população tomou a dose bivalente.
O vice-diretor de Serviços Clínicos do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, da Fiocruz, o médico infectologista Estevão Portela Nunes, reforça a importância de completar a imunização, especialmente os grupos mais vulneráveis.
“Quem está com vacinação incompleta, principalmente quem não tomou a bivalente esse ano, principalmente se forem pessoas de maior risco, então pessoas acima dos 60 anos, com comorbidades, pessoas com grau de imunossupressão, essas pessoas têm que vacinar. Porque certamente protege muito em relação a formas graves”, recomenda.