25 empregadores do Maranhão foram incluídos na chamada Lista Suja do trabalho escravo, que foi publicada pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Trata-se da maior inclusão já registrada na história, segundo o MTE.
Dos 204 novos empregadores incluídos na lista, a maioria é do setor da produção de carvão vegetal (23), seguido por criação bovina (22), serviços domésticos (19), cultivo de café (12) e extração e britamento de pedras (11). Entre as unidades da federação, a maior quantidade de novos casos foi registrada em Minas Gerais (37), seguida por São Paulo (32), Pará (17), Bahia (14), Piauí (14) e Maranhão (13).
A Lista Suja mostra que os 473 empregadores submeteram, ao todo, 3.773 trabalhadores a condições análogas à escravidão. Já o total de pessoas resgatadas nessas condições pela Inspeção do Trabalho no Brasil, desde 1995, chega a mais de 61 mil pessoas, segundo o site do ministério.
A diferença é explicada porque, para entrar na lista, é preciso esgotar os recursos administrativos contra o auto de infração aplicado pelos fiscais que encontraram pessoas em condições semelhantes à escravidão.
Entre os locais do Maranhão presentes na Lista Suja do Trabalho estão estão fazendas localizadas em Itinga, São João do Paraíso, Montes Altos, Bom jesus das Selvas, São Félix das Balsas, Codó, Caxias, Barra do Corda, Balsas, Açailândia, Cidelândia e um ponto no bairro do Cohatrac, em São Luís.
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Entre as empresas, chama atenção a inclusão de uma famosa cervejaria na lista, a Kaiser, ligada ao Grupo Heineken no Basil.