Condenado em 2017 pela morte do advogado Brunno Eduardo Soares Matos, de 29 anos, o DJ Diego Henrique Marão Polary terá que ser recolhido à prisão, após decisão do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA), nesta segunda-feira (23).
Diego Polary respondia pelo crime em liberdade, até a decisão proferida pelo juiz Gilberto de Moura Lima, da 1ª Vara do Tribunal do Júri. Agora, o acusado terá que cumprir 10 anos de prisão em regime fechado, inicialmente.
Em julgamento realizado no ano de 2017, Diego Polary havia sido condenado a 8 anos de prisão, mas a pena foi ampliada para 10 anos. A defesa do réu chegou a recorrer em 2019, mas a decisão foi mantida.
“Diante do trânsito em julgado da decisão proferida em sede Emb.Decl.No Ag.Reg.no Recurso Extraordinário 1.339.079 (Id.104283425- pg.75), mantendo-se, portanto, inalterada a pena majorada em segunda instância em 10 anos de reclusão, em regime inicial fechado. Expeça-se Mandado de Prisão para Cumprimento da Pena Definitiva, por meio do Banco Nacional de Mandados de Prisão-CNJ, em desfavor de DIEGO HENRIQUE MARAO POLARY encaminhando-se, por conseguinte, à Polinter e à Delegacia responsável pelo Bairro Olho d’Água. Após o cumprimento do mandado de prisão, expeça-se a guia definitiva para cumprimento de pena, pelo sistema SEEU”, decretou o juiz.
RELEMBRE O CASO
O advogado Brunno Eduardo Soares Matos, de 29 anos, foi assassinado a facadas na madrugada do dia 6 de outubro de 2014, após a festa de comemoração do senador eleito Roberto Rocha (PSB), realizada no comitê de campanha do candidato, no bairro Olho-d’Água, em São Luís.
O irmão dele, Alexandre Soares Matos, e o amigo Kelvin Kim Chiang, também foram feridos. Segundo informações da polícia, o crime teria sido resultado de uma discussão por causa do som alto da festa.
Inicialmente, Carlos Humberto Marão Filho, de 38 anos, foi aprontado como principal suspeito do crime. No dia 16 de outubro, o vigilante João José Nascimento Gomes assumiu a autoria do assassinato. À polícia, ele disse que não lembra a ordem dos fatos, mas que foi ele quem desferiu os golpes de faca nas vítimas.
No dia 21 de outubro, o vigilante foi até a sede da Ordem dos Advogados do Brasil da seccional do Maranhão (OAB-MA) e negou toda a autoria do crime.
Ele disse que foi coagido por um advogado a assumir a autoria do crime e ainda que teria recebido a quantia de R$ 4,9 mil para declarar-se culpado.