Grupo liderado por médica é suspeito de fraudar planos de saúde em R$ 2 milhões

No golpe, eles falsificavam recibos, pedidos de consultas e de exames para depois exigir o reembolso.

Fonte: Com informações de Adriana Cruz, Gabriela Moreira, RJ2

A Polícia Civil investiga um grupo suspeito de fraudar planos de saúde em mais de R$ 2 milhões, por meio do recebimento de reembolsos de consultas e exames médicos falsos.

Grupo liderado por médica é suspeito de fraudar planos de saúde em mais de R$ 2 milhões (Foto: Reprodução TV Globo)

De acordo com as investigações, a quadrilha seria liderada pela médica Patrícia Adi Massat, e atuava em uma sala comercial em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio.

Patrícia, que é a dona do espaço, também era a responsável por conseguir as informações para aplicar os golpes nos planos de saúde, conforme a polícia.

O esquema passava também por outras vítimass, como colegas médicos e prestadores de serviços de medicina.

Segundo a polícia, Patrícia contratava esses profissionais para trabalhar na clínica dela e, sem que eles soubessem, ela falsificava assinaturas e outros itens, como carimbos pessoais.

A ideia do grupo era conseguir pedir reembolsos a pelo menos três grandes operadores de planos de saúde. Uma das vítimas, que não quis ter sua identidade revelada, contou como soube do golpe.

“Tinham quase 50 recibos com meu nome que eu não reconhecia, que eu não emiti, com um carimbo meu falso que eu nunca dei autorização para fazer. Tinha e-mail de vários lugares. Um que eu trabalhava e outros dois lugares que eu nunca ouvi falar. Não sabia dessas clínicas e até de procedimentos que fogem um pouco da minha especialidade”, revelou a médica.

O golpe funcionou por quase dois anos. Durante esse período, o grupo falsificou inúmeros procedimentos médicos, consultas e terapias, sempre inserindo dados verdadeiros de profissionais da medicina.

Golpistas confessam

O golpe milionário começou a ser descoberto pelas operadoras de planos de saúde, que suspeitaram do volume de pedidos de reembolso.

Com o avanço das investigações, os suspeitos confessaram o crime e fizeram um acordo com parte das empresas lesadas, restituindo os valores fraudados. Até o momento, o grupo devolveu mais R$ 2 milhões.

Nos depoimentos, Patrícia e uma outra médica envolvida no esquema, Catiana Contrim, afirmaram que a ideia de aplicar o golpe foi de Rodrigo de Mello Nascimento, durante a pandemia de Covid.

Os três não serão indiciados pelo crime de estelionato por terem feito acordo e devolvido os valores fraudados às empresas. Contudo, as investigações continuam para apurar a falsidade ideológica, já que eles se passaram por outros profissionais.

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