Fazendeiro acusado de incendiar casas e destruir lavouras quilombolas é alvo da PF

Operação Dandara foi deflagrada na manhã desta quinta-feira, 14, em Alto Alegre do Maranhão.

Fonte: Com informações da PF

A Polícia Federal no Maranhão deflagrou nesta quinta, 14, a Operação Dandara. Ao todo, 16 policias federais cumpriram quatro mandados de busca e apreensão e um mandado de intimação de medidas cautelares diversas da prisão nas cidades de São Mateus do Maranhão, Alto Alegre do Maranhão e Bacabal.

PF deflagrou operação para reprimir crimes contra quilombolas (Foto: Divulgação)

As medidas foram deflagradas no âmbito do inquérito policial que investiga uma série de ataques à população quilombola residente nos Quilombos Marmorana e Boa Hora, em Alto Alegre do Maranhão. As agressões são imputadas a um fazendeiro da região, que não teve o nome divulgado.

As investigações apontam o fazendeiro como o principal responsável por incendiar residências, destruir lavouras e cercas, além de utilizar homens armados para ameaçar e constranger os quilombolas da região. A intenção, conforme a PF, era impedir que a população vulnerável faça uso da terra para sua subsistência alimentar e cultural.

A PF ressaltou que a ação, além de representar uma resposta estatal, em sintonia com as solicitações da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, “busca reprimir as condutas criminosas praticadas, contribuindo para o restabelecimento da segurança, ordem e paz social dentro na terra quilombola”.

Além disso, os mandados visam aprofundar as investigações para a elucidação completa das infrações penais praticadas, descobrir eventuais crimes conexos ainda não investigados e identificar os demais envolvidos nas condutas criminosas.

O alvo das buscas é investigado pela prática dos crimes previstos no art. 250, §1º, II, a (Incêndio qualificado), art. 163, parágrafo único, I e IV (Dano qualificado) e art. 147 (ameaça), todos do Código Penal Brasileiro, além do delito tipificado no art. 16 do Estatuto do Desarmamento do Código Penal (Porte ilegal de arma de fogo).

Ao todo, as penas cominadas aos crimes investigados podem chegar a mais de 16 anos de reclusão, além de multa.

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