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Ata do Copom indica Selic a 10,75% a partir de março

Diferentemente da ata de dezembro, a avaliação de que a economia mundial se mostrava “menos adversa do que na reunião anterior” foi retirada do texto atual

Fonte: Da redação

A previsão de redução da taxa básica de juros do país, a Selic, de 11,25% para 10,75% ao ano, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), permanece inalterada. Essa indicação consta da ata do Copom referente à última reunião do órgão, realizada entre os dias 30 e 31 de janeiro, e divulgada nesta terça-feira (6/2).

O documento, divulgado tradicionalmente uma semana após a reunião do Copom, apresenta poucas alterações em relação à ata anterior, publicada em 13 de dezembro.

No contexto internacional, os diretores do BC destacam a persistente volatilidade, marcada pelo debate em torno do início da flexibilização da política monetária nas principais economias e pelos sinais de queda nos núcleos de inflação, que, apesar disso, ainda se mantêm em patamares elevados em diversos países.

Diferentemente da ata de dezembro, a avaliação de que a economia mundial se mostrava “menos adversa do que na reunião anterior” foi retirada do texto atual.

Já no cenário doméstico, a ata ressalta a observação de uma moderação no crescimento econômico, embora o consumo das famílias continue resiliente. Destaca-se ainda que as expectativas de inflação para os anos de 2024 e 2025, apuradas pela pesquisa Focus, situam-se em torno de 3,8% e 3,5%, respectivamente.

A análise de risco conduzida pelo Copom indica que a conjuntura internacional continua volátil, com renovadas tensões geopolíticas e o debate sobre o início do processo de flexibilização da política monetária nas principais economias.

Todos os membros do Comitê concordaram unanimemente com a expectativa de cortes de 0,50 ponto percentual nas próximas reuniões, considerando esse ritmo como apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário. A ata enfatiza que tal ritmo combina o compromisso com a reancoragem das expectativas e a dinâmica desinflacionária, juntamente com o ajuste no nível de aperto monetário em termos reais diante da dinâmica mais benigna da inflação antecipada nas projeções do cenário de referência.

Quanto à extensão do ciclo de cortes, a ata reitera que ela dependerá da evolução da dinâmica inflacionária, especialmente dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, principalmente as de médio e longo prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos.

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