Acusados pela morte de drag queen em São Luís vão a julgamento nesta quarta, 13

O crime, que teve como vítima Paula Ferraz, de 27 anos, ocorreu em julho de 2020.

Fonte: Aidê Rocha

Paula Ferraz foi morta a tiros e enterrada em uma cova rasa, na Vila
Isabel Cafeteira, em julho de 2020 (Foto: Divulgação)

Nesta quarta-feira (13), sentarão no banco dos réus, no 2º Tribunal do Júri, do Fórum Desembargador Sarney Costa, no bairro do Calhau, Genilson da Silva Reis e Ismael Torres Gonçalves, acusados pelo homicídio da drag queen Paula Ferraz, de 27 anos. A vítima foi encontrada morta em julho de 2020, em uma cova rasa, na área conhecida como Sítio dos Basílios, no bairro da Vila Cafeteira – região da Cohab, em São Luís.

Há quase quatro anos, familiares de Paula aguardam por justiça e esperam a condenação dos envolvidos no crime, que passaram por duas audiências de instrução em 2022. A dupla foi ouvida por videoconferência.

Genilson estava custodiado no sistema penitenciário de São Paulo, onde foi capturado em maio de 2021, durante uma ação da polícia paulista de combate ao tráfico de drogas no estado. Na ocasião, os policiais identificaram que havia um mandado de prisão preventiva em desfavor dele, por um homicídio no Maranhão. Ele é apontado como autor dos disparos contra a vítima.

Já Ismael, suspeito de ocultação de cadáver, estava preso na cidade de Palmeirândia e negou as acusações. O julgamento será presidido pelo juiz Pedro Guimarães Júnior, titular 2º Tribunal do Júri, a partir das 8h,

RELEMBRE O CRIME

A drag queen Paula Ferraz, de 27 anos, foi encontrada morta no dia 18 de julho de 2020, em uma cova rasa, no Basílio, no bairro da Vila Cafeteira. O homicídio, conforme a polícia, teria ocorrido dois dias antes.

Em depoimento, alguns parentes disseram que a vítima foi vista pela última vez no dia 15 de julho, quando saiu na companhia de uma mulher, conhecida como “Índia”. O corpo dela só foi localizado após sua mãe receber vídeos e áudios dos supostos suspeitos, que relatavam sobre a morte de Paula e o local no qual ela foi enterrada.

Policiais também acharam o chinelo e a bolsa da vítima, executada a tiros. Segundo a Polícia Civil, o suspeito foi identificado ainda na mesma semana de ocorrência de delito, mas conseguiu fugir.

O irmão dele chegou a ser preso no Terminal da Praia Grande, em São Luís, por participação no caso, mas, ao que tudo indica, ele não estaria envolvido no crime. Entretanto, o homem tinha contra ele dois mandados de prisão por homicídio e latrocínio, cometidos em São Paulo e Penalva, respectivamente.

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