A servidora pública do Tribunal de Justiça do Maranhão, atual secretária judicial da 1ª Vara da Fazenda Pública de São Luís, Lívia Azevedo Veras Dias, foi presa na quinta-feira (21), acusada de fraude em emissões de alvarás judiciais e lavagem de dinheiro. Contra ela, havia um mandado de prisão preventiva expedido pela juíza Denise Cysneiro Milhomem.
Conforme as investigações da Polícia Civil, por meio da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), a servidora emitia alvarás judiciais em processos que estavam arquivados e bloqueava valores de contas públicas do Estado.
Dos 69 alvarás ilegais identificados, 66 foram pagos. Todos eles tiveram Jéssica Silva Pinto como advogada e Lívia como responsável pela expedição e cadastro.
O valor bloqueado, segundo a polícia, se aproxima de R$ 1 milhão, que em sua totalidade foi transferido para advogada. amiga da servidora, mesmo ela não sendo parte, nem procuradora nos processos.
Em desfavor de Jéssica, também há um mandado de prisão preventiva, mas ela permanece foragido até o momento.
Vale destacar que a secretária judicial chegou a utilizar o token do magistrado Celso Orlando Aranha Pinheiro, ex-titular da 1ª Vara da Fazenda Pública de São Luís, que morreu recentemente, para realizar as fraudes.
Lívia, que também já foi exonerada do cargo pelo presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Paulo Velten, foi capturada na casa da mãe e encaminhada à sede da Senarc, no Bairro de Fátima, onde, na companhia de um advogado, preferiu permanecer calada.