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PL de Eliziane Gama que cria o Dia Nacional de Defesa da Democracia segue para Câmara

Data será celebrada em 25 de outubro, dia da morte do jornalista Vladimir Herzog, assassinado nos porões da ditadura militar em 1975.

Fonte: Da Assessoria

Eliziane Gama destacou a importância de se criar um dia nacional específico que remeta à defesa da democracia no País (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

O projeto de lei (PL 6103/2023) que cria o Dia Nacional de Defesa da Democracia, da senadora Eliziane Gama (PSD-MA), seguiu direto para a Câmara dos Deputados após o encerramento do prazo de recurso sem a apresentação de nenhum questionamento da proposta para apreciação em plenário. O PL foi aprovado terminativamente pela Comissão de Defesa da Democracia em março.

A data escolhida para a celebração do Dia Nacional de Defesa da Democracia é 25 de outubro, dia da morte do jornalista Vladimir Herzog, que foi torturado e assassinado pela ditadura militar no Brasil em 1975

Eliziane Gama destaca na justificativa do projeto a importância de se criar um dia nacional específico que remeta à defesa da democracia no País, enaltecendo a memória de Herzog, então diretor de jornalismo da TV Cultura, morto sob tortura pelo regime militar nas dependências do Doi-Codi (Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna).

“A morte de Vladimir Herzog marcou a história brasileira, um jornalista da TV Cultura, que foi, não há dúvida nenhuma, enforcado, assassinado, torturado [pela ditadura militar e cujo assassinato desencadeou manifestações que resultaram no processo de reabertura democrática no País]. A CPMI do 8 de janeiro, em seu encaminhamento final, apresentou proposta para que o dia 25 de outubro se torne, de fato e de direito, o Dia Nacional da Democracia Brasileira. Esse é um dia, não há dúvida nenhuma, que não pode ser esquecido para que ele jamais seja repetido”, afirmou Eliziane Gama, que foi relatora da CPMI.

A parlamentar ressalta que o ataque aos prédios dos Três Poderes da República em 8 de janeiro do ano passado reforça a justificativa da proposição. Também registra que vários países já implementaram a medida, sendo ‘fato injustificável e surpreendente’ o calendário brasileiro ainda não contar com uma data institucional que valorize a democracia.

Para Eliziane Gama, a instituição da data reforça os valores da democracia brasileira com a conquista de direitos assegurados por meio de ‘lutas históricas’ para superar o período de ‘trevas’ da ditatura militar (1964-1985).

“E o símbolo mais forte brasileiro, desde o processo de redemocratização, tem nome e sobrenome, e o nome e sobrenome é Vladimir Herzog”, afirma a parlamentar.

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