No primeiro trimestre deste ano, as vendas de automóveis apresentaram um crescimento de 9,1%, alcançando um total de 514,6 mil unidades vendidas, em comparação com o mesmo intervalo do ano anterior.
Conforme dados divulgados pela Anfavea, associação que representa os fabricantes de automóveis no Brasil, houve uma diminuição de 5,7% nas vendas de março, totalizando 187,7 mil veículos, se comparado ao mesmo mês de 2023.
Embora tenha sido observada uma retração nas vendas de março em relação ao ano anterior, a Anfavea ressaltou que a primeira semana de abril teve o melhor desempenho desde 2014, sugerindo um provável aumento nas vendas para o restante do mês. A associação também apontou que março de 2023 contou com três dias úteis a mais do que o mesmo mês deste ano, o que contribuiu para a queda nas vendas.
A média diária de vendas nos primeiros três meses superou os números de 2023, com março registrando uma média de 9,4 mil veículos vendidos por dia, contra 8,7 mil no ano passado, o que indica um crescimento de 8,5%.
Quanto à produção, o primeiro trimestre viu um leve aumento, com 538 mil veículos produzidos, representando um crescimento de 0,4%. Apenas em março, a produção foi de 195,8 mil veículos, marcando uma queda de 11,8% em relação ao ano anterior.
A Anfavea explicou que o aumento nas vendas, contrastando com a queda na produção, deve-se à maior dependência das importações. Segundo Marcio Lima Leite, presidente da Anfavea, se as importações tivessem se mantido estáveis ao nível do primeiro trimestre de 2023, a produção nacional teria crescido 5%. Entretanto, o aumento das importações impactou negativamente esse potencial de crescimento.
Em relação às exportações, o setor enfrenta desafios, com uma diminuição de 28% em março, totalizando 32,7 mil unidades enviadas ao exterior. A queda se estende ao acumulado do ano, com uma redução de 28% nas exportações, totalizando 82,2 mil veículos. A Anfavea aponta dificuldades nos mercados da Argentina, Colômbia, Chile, Uruguai e até no México, que é o principal destino das exportações brasileiras, mas que enfrentou contratempos em março.
As receitas de exportação tiveram uma queda de 14,6% no ano, atingindo US$ 2,4 bilhões. Em março, o faturamento foi de US$ 911,8 milhões, 19,5% menor que no ano anterior. O emprego no setor manteve-se estável nos últimos doze meses, com uma ligeira redução de 0,2%, fechando março com 101,4 mil trabalhadores.
Ao final de março, o setor automobilístico contava com um estoque de 222,3 mil veículos, equivalente a pouco mais de um mês de vendas, com 131 mil unidades disponíveis nas concessionárias.