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Estudante de medicina é investigado em São Luís por ameaça e psicofobia contra colega de turma

De acordo com a mãe da vítima, Juliana Camarão, os insultos começaram cerca de um mês atrás em um grupo de WhatsApp da turma de medicina

Fonte: Da redação

Um estudante de medicina, da Universidade Ceuma (UniCeuma), que não teve o nome divulgado, está sendo investigado por ameaça e psicofobia contra uma colega de turma. O caso ganho repercussão após denúncia da professora Juliana Camarão de Almeida, mãe da jovem de 21 anos. A Polícia Civil do Maranhão está apurando o caso.

O agressor é um colega de turma da estudante que, ao descobrir que a jovem sofre de Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), enviou mensagens ofensivas à vítima, incitando-a ao suicídio e mencionando o diagnóstico da doença.

De acordo com Juliana Camarão, os insultos começaram cerca de um mês atrás em um grupo de WhatsApp da turma de medicina. A divergência surgiu quando a filha discordou de um assunto relacionado a um dos professores do curso.

“A minha filha é da mesma turma desse rapaz e em uma divergência por conta de horários de professores, ele começou a desferir palavras de ódio e incitar ao suicídio, falando para ela ‘colocar uma corda no pescoço’. O que mais assustador é que ele sabia da condição da minha filha e sabia que ela tinha atentado contra a própria vida”, conta Juliana.

Em grupo de WhatsApp, jovem faz insultos a vítima que sofre de transtornos mentais. — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Juliana e sua filha comunicaram o caso à instituição de ensino e prestaram denúncia na Casa da Mulher Brasileira. Uma medida protetiva de urgência foi concedida, determinando que o agressor mantenha 200 metros de distância da estudante e de seus familiares.

A professora ressaltou a gravidade da psicofobia e destacou que muitas pessoas que sofrem com transtornos mentais enfrentam situações semelhantes. Ela expressou preocupação com o fato de o agressor ser acadêmico de medicina, questionando como alguém nessa profissão pode hostilizar os outros e menosprezar seus colegas.

Após os ataques, a filha está abalada e não tem frequentado a faculdade. Juliana agradeceu o apoio recebido e enfatizou a importância de conscientizar sobre a saúde mental e combater a psicofobia.

Após ter conhecimento de que havia sido denunciado à polícia, jovem debochou do caso em frente a Casa da Mulher Brasileira — Foto: Reprodução/Redes Sociais

A Universidade Ceuma emitiu uma nota informando que não tolera qualquer forma de violência que afete a integridade física, mental e emocional de sua comunidade acadêmica. A instituição está tomando medidas para investigar o caso e, se necessário, aplicar sanções de acordo com o regime disciplinar da universidade.

Na nota de repúdio, a universidade destaca que repudia atos como assédio, ameaças e intimidações, especialmente quando envolvem alunos do curso de Medicina no Campus Renascença. O grupo identificado como “M. – CEUMA” em redes sociais não é administrado pela universidade, mas mesmo assim, a instituição está comprometida em apurar os fatos e agir conforme as normas disciplinares.

Nota de repúdio

“Em relação a suposto envolvimento de alunos do curso de Medicina – Campus Renascença em ameaças e incitações em grupos de mensagens de turma, veiculados em rede social, a Universidade CEUMA informa que repudia todo e qualquer ato de violência – entre os quais assédio, ameaça, intimidações e afins – que possam comprometer a integridade física, mental e emocional de sua comunidade acadêmica, quais sejam alunos, docentes, técnico-administrativos e/ou gestores.

Cabe informar que grupo identificado como M. – CEUMA, apesar de ter a marca indicada na denominação do grupo, não é administrado pela Universidade Ceuma.

A instituição esclarece que tomará as providências cabíveis para apurar a veracidade do caso, adotando, se necessário, as sanções pertinentes arroladas no regime disciplinar do corpo discente, tal como prescreve o regimento desta universidade.”

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