Existem situações na boca onde devemos fazer escolhas nem sempre agradáveis, todavia
com orientação profissional correta é possível decidir pelo melhor a ser feito.
O dilema entre fazer o canal ou extrair o dente talvez um dia seja superado, mas por enquanto ainda desperta muitas dúvidas em algumas pessoas. Tecnicamente para nós profissionais não é difícil decidir porque existem características do caso clínico que nos conduzem em geral a uma decisão acertada, contudo alguns pacientes ignoram as informações dadas e fazem uma escolha subjetiva e precipitada, baseadas em suposições ou orientações de leigos ou traumas passados.
O tratamento de canal ou tratamento endodôntico assim como toda odontologia evoluiu muito, oferecendo mais conforto, rapidez e segurança ao paciente; pode ser um tratamento indolor indicado para sanar dor intensa e espontânea de dentes comprometidos com cárie, bolsa, fratura ou desgaste; e também indicado para tratar dentes sem quadros de dor mas que vão precisar de um pino ou de um núcleo em sua raiz para recuperar o dente devido a sua perda de estrutura.
Tratar o canal é como esvaziar o miolo do dente, a polpa, que é um tecido mole onde se encontram as terminações nervosas do dente. O prognóstico do dente é fundamental para consolidar sua permanência. Sempre que possível eticamente somos orientados pela preservação do dente lançando mão de todos os recursos possíveis disponíveis para isso, como canal, restaurações e coroas.
O custo-benefício do tratamento deve ser ponderado e isso considera o tamanho do dente, o tamanho da raiz, o local que o dente ocupa na boca, o tamanho da cárie, o custo do tratamento ou seja a importância daquele dente pós tratamento porque como a dor pode ser debelada de forma eficiente, ela em si não é razão para condenar um dente. Caso a sobrevida do dente seja duvidosa, a extração poderá ser o melhor caminho, desde que ofereça em seguida um tratamento mais duradouro que poderá ser com o uso racional de implantes.