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Jornalista também era terrorista do Hamas e mantinha 3 reféns, diz Exército de Israel

Abdallah Aljamal, colaborador de notícias e ex-porta-voz do Hamas, foi morto por tropas israelenses durante o resgate de reféns em Nuseirat.

Fonte: Guiame com Times of Israel

No último fim de semana, forças especiais resgataram três dos quatro reféns de um cativeiro no centro da Faixa de Gaza. Os militares israelenses confirmaram no domingo que os reféns estavam presos na casa de Abdallah Aljamal, jornalista palestino e membro do Hamas.

Após uma postagem de Ramy Abdu, chefe do Monitor de Direitos Humanos Euro-Med, rumores começaram a circular nas redes sociais. Abdu mencionou no X (ex-Twitter) que, durante o ataque em Nuseirat no sábado (08), os soldados invadiram a casa dos Aljamal, matando vários membros da família, incluindo Abdallah e seu pai, Dr. Ahmed Aljamal.

Abdu compartilhou uma imagem supostamente da casa dos Aljamal junto com sua postagem, embora ele não tenha descartado a possibilidade de que os reféns estivessem sendo mantidos lá.

Anteriormente, Abdallah Aljamal atuou como porta-voz do Ministério do Trabalho, administrado pelo Hamas em Gaza, e contribuiu para diversos meios de comunicação.

Durante a guerra em Gaza, vários artigos de Aljamal foram publicados pelo canal Palestine Chronicle, inclusive enquanto os reféns Almog Meir Jan, Andrey Kozlov e Shlomi Ziv supostamente estavam sendo mantidos em cativeiro em sua casa. O quarto refém, Noa Argamani, foi resgatado de um prédio próximo durante a operação de sábado 8 de junho de 2024.

‘Escudo humano’

As Forças de Defesa de Israel, juntamente com a agência de segurança Shin Bet, confirmaram que Abdallah Aljamal mantinha os três reféns em sua casa em Nuseirat, onde também residia com sua família.

“Esta é mais uma prova de que a organização terrorista Hamas usa a população civil como um escudo humano”, disse o exército.

Durante a invasão à casa da família Aljamal, o comandante do Yamam, Inspetor-Chefe Arnon Zmora, foi ferido pelos tiros dos terroristas do Hamas e morreu ao chegar a um hospital em Israel.

A missão de resgate foi posteriormente nomeada “Operação Arnon” em sua homenagem.

Al Jazeera

Em 2019, Aljamal escreveu uma coluna para a Al Jazeera, o que gerou rumores de que ele atuava como correspondente em Gaza para a agência de notícias do Catar. No entanto, no domingo, a rede negou veementemente essa alegação.

Argamani, Meir Jan, Kozlov e Ziv foram sequestrados do festival de música perto da comunidade de Re’im na manhã de 7 de outubro, quando cerca de 3.000 terroristas liderados pelo Hamas mataram 1.200 pessoas e fizeram 251 reféns durante um tumulto assassino no sul de Israel.

Oficiais da unidade de contraterrorismo Yamam, uma força de elite da polícia, juntamente com agentes do Shin Bet, invadiram simultaneamente dois edifícios de vários andares no centro de Nuseirat. De acordo com os militares, os quatro reféns estavam sendo mantidos nesses locais por famílias afiliadas ao Hamas e guardados por membros do grupo terrorista.

O escritório de mídia do governo do Hamas afirmou que pelo menos 274 pessoas foram mortas durante a operação, um número não verificado que também não diferencia entre combatentes e civis.

A IDF admitiu ter causado a morte de civis palestinos durante os confrontos, mas responsabilizou o Hamas por manter reféns e travar combates em áreas densamente povoadas. “Estamos cientes de menos de 100 baixas palestinas. Não sei quantos deles são terroristas,” declarou Daniel Hagari, porta-voz da IDF, no sábado.

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