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Preso no Maranhão membro de quadrilha especializada em fraude de alvarás

Grupo contava com ajuda de gerente de banco para realizar as fraudes.

Fonte: Aidê Rocha e Gustavo Cruz, g1 Goiás

Operação cumpriu mandados no Maranhão e mais cinco estados (Foto: Divulgação/PC-GO)

Uma operação das polícias Civil do Maranhão e Goiás prendeu, na cidade de Pinheiro, um homem suspeito de integrar uma quadrilha especializada em fraudes contra a administração pública, por meio do uso de alvarás falsos.

Além de Goiás, outros cinco estados também foram alvos da ação policial. Conforme as investigações, o grupo utilizava alvarás falsificados, que eram feitos dentro do sistema eletrônico do Tribunal de Justiça de Goiás, por advogados que fazem parte da quadrilha.

Conforme a polícia, os advogados assinavam os documentos como se fossem juízes. Com os alvarás fraudados, os criminosos enganavam as instituições financeiras e conseguiam sacar valores de contas judiciais. O dinheiro ia para conta de laranjas e posteriormente lavado em vários tipos de transações bancárias.

Nessa quarta-feira (19), policiais chegaram ao paradeiro de um homem, de 42 anos, apontado como membro da quadrilha. Não foi informada qual seria a participação dele, que poderá responder pelos crimes de estelionato contra a administração pública, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

A OPERAÇÃO

Quatro advogados e funcionários de banco estão entre os presos suspeitos de fraudar R$ 31,8 milhões em pagamentos judiciais, informou a Polícia Civil. A Operação Alvará Criminoso cumpriu mandados de prisão nessa quarta-feira (18) em Goiás e outros cinco estados, sendo Bahia, Rio de Janeiro, Tocantins, Maranhão e Pará.

De acordo com a investigação, os advogados presos tinham acesso ao sistema do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) e usavam as próprias senhas para pesquisar processos que estavam em pausa ou arquivados há muito tempo.

Com acesso ao sistema, os suspeitos criavam falsos alvarás nos quais seus nomes apareciam como juízes, dando ordens para que o banco liberasse valores depositados nos processos em pausa.

Em nota, o TJ-GO afirmou que não há envolvimento de qualquer servidor nas fraudes. Afirmou ainda que colaborou com a primeira fase das investigações por meio das apurações feitas pelo Núcleo de Inteligência (confira a nota na íntegra ao final do texto).

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