Taxa de desemprego cai para 7,1% no trimestre encerrado em maio

Resultado ficou abaixo da mediana das expectativas de 26 consultorias e instituições financeiras, que apontava para uma taxa de 7,3% no trimestre móvel encerrado em maio

Fonte: Lucianne Carneiro, Valor

A taxa de desemprego no país caiu para 7,1% no trimestre móvel encerrado em maio. O resultado ficou abaixo do verificado no trimestre móvel anterior, encerrado em fevereiro (7,8%) e abaixo do resultado de igual período de 2023 (8,3%), mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No trimestre encerrado em abril, a taxa estava em 7,5%.

Esta é a menor taxa da série histórica para um trimestre encerrado em maio e se iguala ao resultado de 2014, quando também foi de 7,1%. A série histórica começou em 2014.

O resultado ficou abaixo da mediana das expectativas de 26 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor, que apontava para uma taxa de 7,3% no trimestre móvel encerrado em maio. O intervalo das projeções ia de 6,9% a 7,8%.

No trimestre encerrado em maio, o país tinha 7,8 milhões de desempregados – pessoas de 14 anos ou mais que buscaram emprego, mas não conseguiram encontrar. O número aponta retração de 8,8% frente ao trimestre móvel anterior, encerrado em fevereiro, ou menos 751 mil pessoas, menor nível desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015. A queda do total de desempregados frente a igual período de 2023 foi de 13%, ou menos 1,2 milhão de pessoas.

Entre março e maio, a população ocupada (empregados, empregadores, funcionários públicos) subiu 1,1% ante trimestre anterior e atingiu novo recorde, de 101,3 milhões de pessoas. Frente a igual trimestre de 2023, subiu 3%.

O nível é o menor desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Massa de rendimentos

A massa de rendimentos dos trabalhadores brasileiros atingiu um novo recorde no trimestre encerrado em maio, de R$ 317,9 bilhões, mostrou a Pnad Contínua.

O aumento foi de 2,2% frente ao trimestre anterior (R$ 6,8 bilhões) e de 9% ante igual trimestre de 2023 (R$ 26,1 bilhões). O valor considera a massa de rendimentos real habitualmente recebida pelas pessoas ocupadas (em todos os trabalhos).

Já a renda média dos trabalhadores avançou 1% no trimestre móvel encerrado em maio, ante trimestre móvel anterior (encerrado em fevereiro) para R$ 3.181, uma diferença de R$ 31. O movimento, no entanto, é classificado como estabilidade estatística pelo IBGE.

Na comparação com igual trimestre de 2023, houve alta de 5,6% (R$ 181 a mais).

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