Com o objetivo de oferecer segurança a residentes, turistas e visitantes do Parque Nacional da Chapada das Mesas, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) realizou análise e divulgou estudo sobre as avaliações geotécnicas verificadas em 25 atrativos do local. A equipe avaliou possíveis pontos de risco e elaborou recomendações de medidas preventivas para garantir a segurança dos visitantes da região.
Localizado entre os municípios de Carolina, Estreito e Riachão, no sul do Maranhão, o Parque Nacional da Chapada das Mesas tem uma área de quase 160 mil hectares e é um importante atrativo turístico para o estado, em função do seu ecossistema natural e relevo paisagístico.
Situado em uma zona de transição Cerrado, Caatinga e floresta, a Chapada das Mesas possui cerca de 400 nascentes e 89 cachoeiras.
“As avaliações geotécnicas desenvolvidas pelos SGB são grandes aliadas na promoção do turismo nacional, pois ajudam a compreender paisagens naturais, identificar áreas com potencial para o geoturismo e, até mesmo, colaboram para a proteção da vida de turistas, moradores e trabalhadores dessas regiões, no momento em que são geradas informações que contribuem para prevenção ou redução de riscos desses pontos. Este trabalho já foi realizado em diversos atrativos geoturísticos brasileiros e seguiremos avaliando novas áreas”, destaca o diretor-presidente do SGB, Inácio Melo.
As análises foram realizadas por meio de observações acerca das particularidades geológicas, geomorfológicas e estruturais de cada ponto da região. As áreas de risco observadas em cada atrativo geoturístico foram classificadas em quatro níveis, conforme suas especificidades: baixo, médio, alto ou muito alto.
“O estudo do SGB tem o objetivo de minimizar os perigos geológicos nessa área turística e colaborar para minimizar os riscos de ocorrência de acidentes e desastres. Entre os resultados encontrados, identificamos que a zona de maior risco geológico da Chapada das Mesas se encontra nos atrativos localizados em áreas de difícil acesso, como cânions”, aponta o pesquisador Julio Lana.
As recomendações feitas pelo SGB incluem a melhoria da sinalização e acessos, a capacitação de guias turísticos e a instalação de estruturas de proteção a turistas em alguns pontos avaliados. Ainda de acordo com o pesquisador Julio Lana, é importante também manter rotinas de monitoramento nas áreas de rochas do local, como na zona de cachoeiras.
Avaliação Geotécnica em Atrativos Geoturísticos
Desde o desabamento das rochas da Represa de Furnas, no município de Capitólio (MG), em janeiro de 2022, o SGB informou que realiza estudos em atrativos turísticos para avaliar as áreas de risco onde são desenvolvidas atividades de ecoturismo. O objetivo desses estudos é contribuir para melhoria das práticas de gestão ambiental e das condições de segurança de turistas e demais profissionais que frequentam tais regiões.
Até o momento, foram feitas análises em atrativos de Alagoas (Cânions do Xingó), Amazonas (Presidente Figueiredo), Bahia (Cânions do Subaé e do Xingó), Maranhão (Chapada das Mesas), Minas Gerais (Serra da Canastra), Pernambuco (Fernando de Noronha), Piauí (Cânion do Poti e Serra da Capivara), Rio Grande do Norte (Morro do Careca e Seridó), Rio Grande do Sul (Torres), Rondônia e Roraima (Serra do Tepequém) e em Sergipe (Cânions do Xingó).