SÃO LUÍS – É com grande entusiasmo que o Sesc realiza nesta quinta, dia 15 de agosto, o evento de lançamento do Festival Palco Giratório 2024 para a imprensa e artistas convidados na Sala Sesc de Exposições, no Condomínio Fecomércio/Sesc/Senac, a partir das 9 horas. É a primeira vez que o Maranhão recebe o projeto nesse formato. Considerado um dos maiores do país no segmento das artes cênicas, este ano acontecerá em São Luís, Caxias e Itapecuru-Mirim de 13 a 28 de setembro, reunindo artistas locais e nacionais.
O Festival Palco Giratório Sesc contará com 21 apresentações de teatro, dança e circo, para todas as idades, vindos de 15 estados (AM, DF, ES, GO, MA, MG, MS, PB, PE, RJ, RN, RR, RS, SC e SP). Esta edição homenageia o trabalho de Amir Haddad e Maurício Tizumba, artistas que contribuem para o cenário das artes cênicas brasileiras há mais de meio século e são referências no teatro e música brasileira.
O Palco Giratório é reconhecido por sua capacidade de democratizar o acesso à cultura, levando espetáculos de alta qualidade de diversas regiões do Brasil. Este ano, a programação aborda múltiplas temáticas que retratam importantes questões em debate na sociedade como a musicalidade, a intergeracionalidade, a negritude, a acessibilidade e a inclusão.
As crianças também foram contempladas com oito espetáculos no Festival. A opereta infantojuvenil “Cabelos Arrepiados”, da companhia Buia Teatro de Manaus, é um exemplo. Premiado como Melhor Grupo de Teatro do Brasil em 2022, o grupo traz um espetáculo inspirado na literatura fantástica de autores como Edgar Allan Poe e Tim Burton. O circo também está representado na circulação com espetáculos como “Mar Acá”, do Grupo Locômbia Teatro de Andanças, formado por atores colombianos que vivem em Roraima.
Ao longo de 26 anos de atuação, o Palco Giratório se consolidou como um importante projeto de difusão e intercâmbio de artes cênicas. O projeto foi lançado em 1998 e até hoje contou com a participação de 380 grupos artísticos de todas as regiões brasileiras. Durante os mais de 20 anos, foram exibidas aproximadamente 10 mil apresentações a um público estimado em 5 milhões de espectadores.
Maranhão em destaque
O espetáculo Maria Firmina dos Reis, uma voz além do tempo, é o encontro entre duas mulheres negras maranhenses: a atriz Júlia Martins e a escritora Maria Firmina dos Reis, onde narrativas sobre a história da escritora são o alicerce que sustenta as subjetividades da atriz-pesquisadora. A produção foi selecionada para circulação nacional na edição 2024 do projeto Palco Giratório.
Firmina era muito além do seu tempo. Foi professora, escritora, folclorista e compositora, considerada como a primeira romancista afro-brasileira da história ao escrever Úrsula, em 1859. Maria Firmina dedicou os seus noventa e cinco anos de vida à literatura, à escrita, à educação, à luta contra a escravidão e ao reconhecimento da mulher perante a sociedade em que vivia.