A família de Jadison Calado da Silva, 36, clama por justiça para o crime que o vitimou. Ele foi alvejado a tiros, no dia 5 de outubro de 2018, em Imperatriz, e chegou a ser socorrido e levado ao hospital, mas morreu no dia 8. Quase seis anos após o crime, os familiares alegam que há negligência e reclamam das várias prorrogações de audiências sobre o caso.
O professor Jailson Calado, irmão da vítima, afirmou ao Jornal Pequeno que nunca houve uma audiência para que todas as testemunhas fossem ouvidas. Ele lamentou que o acusado do homicídio, Joonathan Oliveira Moraes, conhecido como “Bisquit”, nunca tenha sido preso.
Jailson também citou que, há quase quatro anos, não acontece uma audiência, que, segundo ele, sempre é prorrogada.
A família enviou uma petição à reportagem na qual informa que, no dia 11 de julho deste ano, a 8ª Promotoria de Justiça Criminal da Comarca de Imperatriz pediu a redesignação da audiência, marcada para o próximo dia 11 de setembro, com a justificativa que é para não haver colisão de pautas, visto que na mesma data haverá sustentação em plenário do júri.
Jailson Calado disse que, ainda, não há prazo para a data do julgamento. Outra queixa da família refere-se à tipificação do crime como comum. Todavia, os parentes da vítima asseguram que o homicídio foi premeditado e passional. Jadison Calado teria mantido um relacionamento com a ex-mulher do acusado. Porém, na data do fato, já estaria em outro relacionamento.
“Venho pedir que a justiça olhe com seriedade o processo do caso do meu irmão. É inadmissível que, há quase seis anos, o autor ainda esteja livre. A família vem sofrendo desde o processo na delegacia, com um inquérito montado de forma incoerente. Nossas provas não foram todas adicionadas ao processo. Queremos que a Justiça dê uma resposta para a sociedade, olhe nosso caso, nossa situação, para que a gente possa ter pelo menos um descanso”, desabafou o professor Jailson.
A mãe da vítima, Edi Ferreira Calado Gonzaga, de 58 anos, disse estar sofrendo muito, desde a morte do filho. Ela afirmou que está depressiva e que enfrenta problemas com alcoolismo.
“Eu quero justiça para meu filho. Ele me contou que implorou pela vida dele, mas o rapaz não teve misericórdia. Não teve justiça até agora, vai fazer seis anos. Meu filho era um homem trabalhador, honesto, vivia do trabalho dele. Todo mundo conhece meus filhos, em Imperatriz. Foram criados trabalhando honestamente. Eu preciso de uma resposta da justiça, que até agora eu não tive. Não é justo uma mãe viver sofrendo, pela perda do filho da maneira que eu vivo”, relatou.
RELEMBRE O CRIME
Jadson Calado da Silva, de 36 anos, morreu numa segunda-feira (8 de outubro de 2018), no Hospital Municipal de Imperatriz. Ele estava internado desde a sexta-feira (5), quando foi baleado na Avenida Bernardo Sayão após uma discussão na rua e encaminhado ao Socorrão, por uma guarnição da Polícia Militar.
O suspeito de ter atirado em Jadson Calado da Silva, segundo o delegado regional Eduardo Galvão – na época do crime, é Joonathan Oliveira Morais, de 32 anos. Por ciúme da ex-mulher que estaria tendo um relacionamento com Jadson, ele chegou a ameaçá-lo.
Na época, delegado disse que a principal linha de investigação seria de crime passional, mas caso a prisão de Joonathan fosse decretada pela Justiça, só poderia ser cumprida após as 17h da terça-feira (9).
“A gente está trabalhando como homicídio qualificado por motivo fútil, vamos pedir a prisão dele, mas só poderemos cumprir qualquer tipo de prisão a partir de amanhã (terça, 9), 48 horas após a votação”, declarou o delegado.